A inclusão acontece quando “se aprende com as diferenças e não com as igualdades.” Esta frase de Paulo Freire é a premissa que norteia o trabalho do Núcleo de Educação Inclusiva e Diversidade da Secretaria de Educação e Cultura da Prefeitura do Alegrete. Criado em 2009, com parceria do Comitê Gestor Municipal de Acessibilidade, o núcleo tem como objetivo oferecer apoio às ações que visam a inclusão dos alunos no ensino regular, bem como a promoção de encontros de formação continuada aos professores da rede municipal de ensino.
Desde sua criação até 2014, foram realizadas 585 avaliações psicopedagógicas a fim de identificar causas de dificuldades na aprendizagem e indicar possíveis encaminhamentos para equipes multiprofissionais existentes na rede e que podem diagnosticar e acompanhar esses estudantes. Para estruturar este acompanhamento, a rede municipal conta com docentes que trabalham especificamente com Atendimento Educacional Especializado, além de profissionais de apoio aos alunos com deficiência, que atuam na higiene, locomoção e alimentação.
Outra importante estrutura de inclusão são as salas Atendimento Educacional Especializado (AEE), com recursos multifuncionais, onde os alunos com deficiência recebem atenção especializada. Desde 2009 foram criadas 12 salas AEE, que oferecem atividades, recursos de acessibilidade e pedagógicos. “A sala oferece uma série de atividades, como jogo da memória e jogos matemáticos, que ajudam no desenvolvimento dos alunos e facilitando o aprendizado”, explica Neiva Escobar, professora especialista em educação especial, que é responsável pela sala AEE da EMEF Luiza de Freitas Valle Aranha.
Para o secretário de Educação e Cultura, Jorge Sitó, as salas de atendimento especializado são um importante mecanismo da educação inclusiva. “Essas salas especiais constituem um importante apoio pedagógico na qualificação do processo de inclusão dos alunos especiais na rede regular de ensino”, comenta. A vice-prefeita Preta Mulazzani, ressalta a importância da necessidade compreender e adequar-se às diferenças. “Respeitar as diferenças entre os alunos é garantir o seu direito à educação de qualidade e de cidadania”, afirma.
FORMAÇÃO CONTINUADA – Para garantir a constante formação dos decentes, o núcleo mantém parcerias com universidades, o que tem proporcionado muitas oportunidades de formação continuada aos educadores, como o Seminário Caminhos para uma Educação Inclusiva, Semana de Inclusão e Diversidade cursos de capacitação, de Libras e de especialização em diversas áreas, além de viagens técnicas. “O investimento em educação é investir em um futuro melhor para as crianças e jovens com ou sem deficiência”, confia o prefeito Erasmo Silva.
Foto: Andressa Benites