A Estação Ferroviária da cidade de Alegrete, construída em 1924, serviu de cenário durante décadas para viajantes de todo o estado, do país e até dos países fronteiriços.
A decadência do transporte ferroviário no final dos anos 80, teve como conseqüência a suspensão dos trens para passageiros permitindo que a Estação perdesse sua função e a cidade , o empobrecimento de uma classe social, silenciando sua forte vocação de cidade ferroviária.
Testemunhos de um tempo áureo parecem querer resistir a todos os entraves e assim manter viva a “estação” que ainda é retratada em fotografias, folders, revistas, e até cartões postais antigos resistem , dignificando este local como um importante ponto turístico da cidade.
Uma construção histórica como a Estação, retrata o passado pujante de uma cidade e hoje, mesmo sendo um patrimônio que apresenta um processo de deterioração, deveria estar inserida em planos de recuperação.
A linha ia até um ponto chamado Carvoracy, nas vizinhanças da cidade, e em 1902, na parte norte da mesma, já existiria a primitiva estação de Alegrete. A ligação Cacequi-Alegrete somente foi concluída em 1912, quando se mudou a estação de local e houve a inaugurou no ponto atual.
No início dos anos 1930 começou a construção de um prédio novo para a estação, no mesmo local da anterior. Em 1934, ele foi entregue e é o atual. Os trens de passageiros da linha Porto Alegre-Uruguaiana pararam em 02/02/1996.
Fevereiro de 96, passou o último trem de passageiros em Alegrete. De lá para cá só restam lembranças.
O Portal Alegrete Tudo voltou ao local e constatou que o abandono e a deterioração ainda fazem parte do cartão postal.
Ali paredes pichadas, vagões com grafites, e uma gare com sujeira, banheiros abandonados, encanamento quebrado, trens cargueiros em meio a pessoas que transitam no local.
O lugar já foi alvo de invasões. Uma liminar retirou alguns moradores, outros lá permanecem. A cerca em vários pontos foi cortada e ali pedestres usam como atalho para chegar no centro mais rápido.
A passarela pouco é usada, muitos preferem passar por baixo. A lembrança do trem de passageiros e o movimento na estação ficou na lembrança e a para quem visita o local só restam saudades de um tempo que não volta mais.
Alguns moradores próximo da estação adotaram canteiros e praças nos dois extremos do recinto e embelezaram as entradas.