O deputado eleito em visita ao Portal Alegrete Tudo disse que vai honrar cada voto recebido
Mesmo com passagens marcantes em cargos de alta relevância em grandes empresas e entidades representativas, Afonso Mota destaca o mandato de Deputado Federal como o maior dos desafios que já assumiu.
Com a convicção de quem desenvolveu uma bela e exitosa trajetória no meio empresarial desde que se formou em Direito nos anos 70, o advogado e produtor rural, ressalta que traz de berço essa predestinação e convicção no trabalhismo, e que a reversão da realidade da fronteira oeste é uma atitude coletiva.
Os 100 votos que faltaram para alcançar 91 mil, é uma marca histórica, e a votação que recebeu dos alegretenses foi determinante para garantir uma cadeira na Câmara Federal.
Afonso analisou seu desempenho nas urnas de forma muito positiva, e concluiu que os votos que deixou de fazer em Alegrete e região em relação à eleição passada, foi por circunstâncias contextuais, como outras candidaturas que surgiram e situações pontuais.
Mas em contrapartida, os votos que recebeu de municípios em todos os quadrantes do Estado, foram de fundamental importância para atingir seu objetivo.
Indagado se não tem receio de por vícios e amarras do sistema político em Brasília não corresponder às expectativas nele depositadas, foi enfático ao afirmar que não.
Ponderou que a política impõe muita humildade, e que mesmo sendo um novato entre os eleitos, pois a maioria já foi deputado estadual ou federal, não tem esse receio, pois sempre exerceu uma positiva influência em razão da sua trajetória de vida.
Tocou em temas como, a necessidade da duplicação da BR 290 de Eldorado do Sul a Uruguaiana, o que viabilizaria imensas possibilidades para a região. Citou programas de incentivo para à Fronteira, a exemplo do que já existe para outras regiões brasileiras.
Quanto as obras e investimentos do Estado e União em Alegrete, entende como minguadas e lentas, e classificou como uma situação inadmissível um quadro desses.
Avaliou outras questões como, o esgotamento do sistema presidencialista e financiamento de campanhas políticas que estão na raiz da corrupção.
Classificou a campanha para a presidência como lamentável em razão dos confrontos que por vezes chegou ao extremo do ódio, e que isso não contribuiu em nada para uma maior politização da sociedade.
Finalizou a entrevista, dizendo ser um político de centro-esquerda, e com posições claras. Assegurou que vai canalizar emendas parlamentares para Alegrete, e o que chamou de núcleo da sua intimidade, que são os municípios localizados aqui na fronteira oeste.
Questionado sobre se cumpriria os 4 anos de mandato, deixou no ar uma interrogação: pode ser que sim, mas se surgir uma possibilidade de uma contribuição maior à sociedade, irá analisar com serenidade. Não afirmou, mas ficou no ar até uma possibilidade de se candidatar à Prefeitura de Alegrete.