Agora é o dissídio coletivo que pode paralisar o Marfrig Alegrete

A quarta rodada de negociações entre o Marfrig Group e representantes dos sindicatos de trabalhadores nas indústrias de alimentação de Alegrete, Bagé, Pelotas e São Gabriel, que seria realizado na terça-feira (31), acabou não ocorrendo. 

Com o impasse o Sindicato não descarta uma paralisação se não houver um acordo salarial na próxima semana. Trabalhadores estão com salários defasados desde o mês de fevereiro e aguardam uma solução para o caso nos próximos dias.
Em contato telefônico com o coordenador da Sala de Apoio da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação e Afins – Sul (CNTA-Sul), Darci Rocha, representantes da empresa informaram que manteriam a proposta apresentada no encontro anterior. Com base na informação, a rodada de negociações, que estava marcada para ocorrer em São Gabriel, foi cancelada.

alimentação reunião
Agora as negociações ficam em compasso de espera, já que não há uma nova data definida pelo Marfrig e pelos sindicatos para uma nova reunião.
A empresa realizou uma proposta de reposição salarial de 4.13% mais 0,6% de aumento real. A data-base da categoria é 1º de fevereiro. Os sindicatos destacam que o parâmetro de negociação dos trabalhadores é o índice do Piso Mínimo Regional – que o Tribunal de Justiça do Estado julgou procedente o reajuste de 16%¨aprovado pela Assembléia Legislativa e que aguardava julgamento do mérito, o que ocorreu no último dia 23 de março. Os sindicatos também propõem um Salário Normativo de R$ 1.200,00, um Salário Profissional (Magarefe, Desossador e Faqueiros) no valor de R$ 1.280,00 e a manutenção das demais cláusulas.

Segundo o presidente do STIAA, Marcos Rosse será feito uma panfletagem entre os colaboradores do Marfrig/Alegrete explicando a real situação. No início da próxima semana haverá uma reunião na cidade de São Gabriel.

alimentação panfleto

Não está descartada uma paralisação geral nas plantas regionais do Grupo Marfrig. Para o presidente do sindicato de Alegrete serão tomadas medidas urgentes, se a classe patronal não cumprir as cláusulas do acordo coletivo.