Alegrete não tem mecanismos para aferir número de desempregados em meio à pandemia

O governo federal anunciou uma série de medidas na área trabalhista para enfrentar os impactos da pandemia de coronavírus nas atividades econômicas e tentar preservar os empregos e a renda dos trabalhadores.

Entre as providências estão antecipação de férias, redução de jornada e salários, liberação de auxílio de R$ 600 e liberação de novos saques do FGTS. Em Alegrete não há um mecanismo para saber o número oficial de desempregados devido à crise neste período.

 

 

No ramo do comércio já surgem dezenas de casos. A Presidente do Sindicato dos Comerciários, Elaine Muller, lamenta o momento e diz que a entidade está respaldando os associados. “Com acordos individuais, muitos não passam pelo sindicato, mas estamos avaliando o cenário”, destaca a sindicalista.

Uma das queixas da entidade é quanto à maneira que estão tratando os direitos dos trabalhadores. Algumas empresas adotam certas normas que acabam lesando o direito do trabalhador, contesta a entidade.

Elaine não sabe afirmar o número de desempregados no comércio. No entanto ressalva algumas contratações, embora pequenas no comércio varejista. Na construção civil esta atividade até o momento não  registrou baixas consideráveis de desempregados.

Segundo a coordenadora do FGTAS/Sine em Alegrete, Luciana Lucero, não é possível apontar o número de demissões nesse período da pandemia do novo coronavírus. Com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados fora do ar, por medida do governo estadual, não há como precisar o montante neste período.

“Com a agência fechado, estamos trabalhando home office e neste período apenas encaminhamos apenas oito seguros- desemprego, e sabemos que o número ultrapassa 60 pessoas”, estima Luciana Lucero, que encaminha o seguro para os trabalhadores que optarem pelo serviço oferecido pelo Sine, através de email.

No Sindicato da Alimentação, o presidente Marcos Rosse, atesta que para o período e situação atual, o ramo demitiu 12 trabalhadores e já há expectativa de mais contratações no próximo mês. “Foram demissões pontuais, e diferente do ano passado, neste ano acreditamos em menos demissões mesmo com a pandemia”, avalia Rosse.