Alegretense é morta por homem que morava de favor na sua casa; o crime foi em Goiás

Segundo um investigador, homem ligou para PM e disse ter achado corpo da vítima sobre colchão, mas policiais suspeitaram das atitudes dele e o prenderam, em Pires do Rio. Ele negou acusações.

Um homem de 28 anos foi preso, suspeito de matar uma mulher, de 46, dona da casa onde morava de favor, na região sul de Goiás. Denise Terezinha Melo dos Santos foi encontrada no quarto, sobre um colchão. Conforme um familiar, ela era natural de Alegrete, porém há anos residia em Pires do Rio.

Segundo a Polícia Civil, João Batista da Rocha Barbosa, ligou para a PM logo após o crime para “disfarçar”, alegando que havia achado o corpo no local e que não sabia quem tinha praticado o homicídio.

A mulher foi encontrada na tarde de quarta-feira (2). De acordo com o delegado Igor Carvalho, o suspeito negou ter cometido o crime, tanto ao chamar a PM como depois de ser preso em flagrante.

Porém, no local, os policiais desconfiaram das versões apresentadas e de marcas de arranhões que ele apresentava pelo corpo.

“Os policiais militares chegaram ao local e estranharam a situação. O noticiante, além de demonstrar um comportamento extremamente nervoso e apreensivo e um relato incongruente, apresentava diversas lesões de arranhão nos braços e costas”, explica Carvalho.

Os militares o prenderam em flagrante. Em seguida, a Polícia Civil chegou ao local e, com base no que levantou, ratificou a detenção. O delegado acredita que a ligação para contar sobre a morte de Denise, foi uma tentativa de não ser apontado como autor do crime.

“Todos os indícios no local apontavam para o fato de ter sido ele o autor do crime de homicídio e, possivelmente, em uma tentativa de disfarçar e evadir ao alcance da justiça, ele teria ligado para a Polícia Militar acreditando que assim ele estaria acima de qualquer suspeita”, pontua.

“Relação estranha”

O delegado disse que os dois mantinham uma “relação estranha”. Denise teria deixado que João morasse na residência, mas não há, por enquanto, nada que comprove uma relação amorosa entre eles.

“Eles viviam no mesmo local e segundo o que nos conta ele morava de favor, ela o acolheu, permitiu que ele morasse de favor na residência. A relação dos dois era meio estranha, parece que eles bebiam juntos”, destaca.

O responsável pelo caso afirmou que não tem informações concretas sobre como a vítima morreu. Revelou somente que ela tinha uma lesão superficial no pescoço e que aguarda o laudo cadavérico para avançar nessa questão.

Apesar de nada apontar que eles tinham uma relação amorosa, o delegado autuou o homem em flagrante por femincídio, no âmbito da Lei Maria da Penha.

Com informações G1