Na tarde desta sexta-feira, a polícia recolheu 1.502 comprimidos da droga em Canoas com um jovem de 23 anos, estudante universitário
A polícia realizou a maior apreensão de ecstasy da história do Estado na tarde desta sexta-feira em Canoas. Um estudante universitário de 23 anos foi preso com 1.502 comprimidos da droga. No momento da prisão, ele estava fazendo uma entrega de 500 comprimidos em uma lancheria fast-food no centro da cidade.
De acordo com o delegado Rafael Soares Pereira, titular da 3ª Delegacia de Investigações do Narcotráfico, após a prisão o jovem conduziu os agentes até a sua residência, em Bom Princípio, onde foi encontrado o restante dos comprimidos.
Além do ecstasy, também foram apreendidos 4,5 kg de maconha, 53 pontos de LSD e três cápsulas de uma droga sintética conhecida como MD — que, segundo a polícia, é três vezes mais potente do que o ectasy. Também foram pegos uma balança de precisão e cerca de R$ 950. Na casa do rapaz, o material estava escondido em um fundo falso de uma gaveta de um armário.
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A investigação durou pelo menos 90 dias e iniciou a partir de apreensões anteriores, realizadas durante a Copa do Mundo. Conforme Pereira, o jovem fornecia comprimidos de ecstasy em grandes quantidades para abastecer festas rave na Região Metropolitana.
O estudante atuava praticamente sozinho e buscava a droga em Santa Catarina em seu carro particular, um Gol cinza que também foi apreendido.
— A história desse rapaz pode ser resumida naquele filme “Meu nome não é Johnny”. Ele não é dado à violência ou à criminalidade, mas foi seduzido pelo dinheiro fácil. Ele disse que podia levar a namorada a um fondue em Gramado quando quisesse — declarou o delegado.
Michel Dienstmann, 23 anos, é estudante de Engenharia Civil e morava com a mãe, funcionária pública, em Bom Princípio. A suspeita da polícia é de que ele atuasse no ramo há pelo menos um ano e três meses. O jovem não tinha antecedentes criminais.
Drogas apreendias
Entre os comprimidos apreendidos foram encontradas unidades da chamadapílula do love (vermelha e em formato de coração), wi-fi e gold (um comprimido quadrado e amarelo mais potente que os comprimidos comuns).
A estimativa da polícia é de que cada comprimido seria vendido, em média, por R$ 35, o que equivale a cerca de R$ 50 mil só com o ecstasy apreendido.
A maconha encontrada com o rapaz também seria de qualidade superior, conhecida como três por um, em referência ao preço de 3g por R$ 1.
Tipo “gold” seria três vezes mais potente do que os comprimidos comuns. Foto: Carlos Ismael Moreira/Agencia RBS
Apreensões recorde
Essa é a terceira vez em três meses que o recorde de apreensão de ecstasy no Estado é quebrado. No dia 6 de junho, em Novo Hamburgo, o Denarc havia encontrado 916 comprimidos da droga. Menos de uma semana depois, no dia 12, a Delegacia de Homicídios de Canoas apreendeu, com um homem de 24 anos,1.315 unidades.
De acordo com o delegado Rafael Pereira, a sequência de apreensões é resultado da intensificação do trabalho contra a disseminação das drogas sintéticas no Estado, que atingem um público entre as classes mais altas.
Fonte: Zero Hora