Empresa Simples de Crédito poderá ser a revolução para pequenos comerciantes

O anúncio em abril da lei das Empresa Simples de Crédito, as ESC, pelo Governo Federal poderá ser uma revolução no mercado de financiamentos a pequenos comerciantes.

Na prática, qualquer pessoa física poderá abrir uma ESC e emprestar dinheiro a juros mais baixos que o mercado financeiro atual. O objetivo é facilitar aos pequenos o acesso ao crédito.

Não há exigência de capital mínimo para a abertura da empresa, mas a receita bruta anual permitida será de no máximo R$ 4,8 milhões, vedada ainda a cobrança de encargos e tarifas.

A empresa simples de crédito é aquele indivíduo que, sem autorização nenhuma, porque não precisa de autorização, simplesmente registra uma empresa, que é simples de crédito, e passa a emprestar na sua comunidade, a um juro que vai ser com certeza menor do que é oferecido na região, porque hoje os grandes bancos captam de todos, mas só emprestam para alguns”, disse Afif Domingues, ex presidente do SEBRAE Nacional.

O governo estima que a criação da ESC pode injetar R$ 20 bilhões, por ano, em novos recursos para os pequenos negócios no Brasil. Isso representa crescimento de 10% no mercado de concessão de crédito para as micro e pequenas empresas, que, em 2018, alcançou o montante de R$ 208 bilhões.

Roberto Segabinazzi, presidente do Sindilojas, vê como positivo qualquer meio que venha para baratear o crédito aos pequenos. Porém, analisa com cautela, porque se começarem a não pagar essas empresas que vão emprestar o dinheiro elas vão ser inviabilizadas.