Empresas querem solução para a travessia da ponte ou vão parar o transporte coletivo

A interdição da Ponte Borges de Medeiros para a passagem dos ônibus do transporte coletivo, desde o dia 8 de outubro, está chegando ao limite para as empreses Vaucher e Nogueira. Trabalhando há quase um mês numa rota que aumentou em 10 Km o percurso  de algumas linhas, os transportadores contabilizam grandes prejuízos financeiros devido ao gasto com o aumento do consumo de diesel, acentuada redução de passageiros que estão buscando outras alternativas de locomoção, queda na qualidade dos serviços, o que vem gerando insatisfação para os que ainda utilizam os ônibus do transporte coletivo para a Zona Leste- Centro e vice-versa.

ponte limitador

Diante desse quadro nada alentador e sem uma clara posição do poder público em relação a resolução do problema, o STU- Sindicato das Empresas de transporte Urbano, deve notificar, ainda hoje, via cartório, a Administração Municipal sobre essa questão que causa inquietação aos empresários do setor. Segundo Fábio Boeira, procurador jurídico do STU, no documento é concedido um prazo de três dias para que a Prefeitura de Alegrete se posicione de forma clara e objetiva sobre questões como: por que o laudo provisório que liberou a ponte não foi tornado público; por que houve a liberação de veículos leves sem controle nenhum e que em muitos casos o numero de veículos supera o peso de um ônibus; as sinaleiras não foram acionadas para disciplinar o tráfego por quê?

onibus

O documento  que elenca dez questionamentos, também quer respostas sobre qual o cronograma que será seguido pelo Município para apresentar soluções para a travessia da ponte. Indaga ainda se existe um plano alternativo sem a utilização da BR 290. Os transportadores também querem saber se há algum estudo técnico de readequação do custo financeiro do contrato, face as alterações que atualmente fogem completamente do que fora acordado.

Essa readequação de custos, explica Boeira, não é gestionar aumento de tarifa, o que penalizaria muito mais o passageiro que também está numa situação muito desconfortável, mas buscar uma forma de isenção para as empresas que pagam altos impostos para os cofres do Município- completa o advogado.

O documento que deverá ser recebido pela vice-prefeita Preta Mulazzani, que responde pela Administração devido as ferias do prefeito Erasmo, concede três dias para o setor competente apresentar respostas e soluções rápidas e exequíveis, pois as empresas estão sendo asfixiadas a cada dia que o problema se arrasta.Não está descartada a paralisação das atividades se uma solução não for apresentada no prazo estabelecido.