FEDERARROZ analisa situação brasileira do arroz no Paraguai

Dirigente arrozeiro, de Alegrete, destaca na Expo Arroz em Cármen Del Paraná que a alta carga tributária faz o arroz brasileiro perder em competitividade
 
O presidente da FEDERARROZ, o alegretense, Henrique Osório Dornelles, participou do encontro na cidade do Paraguai. Em sua fala, ele analisou a competitividade dos principais países produtores do Mercosul e a situação mercadológica do Brasil. Dornelles comentou ainda sobre as limitações da produção arrozeira brasileira. “Temos elevada carga tributária nos custos de produção e distorções de ICMS, como exemplo dos estados de Goiás, Maranhão, Minas Gerais e São Paulo, que privilegiam a entrada de produto importado sobretaxando o nacional”
ARROZ PARAGUAI
Durante o evento, foi flagrante a sintonia entre os governos federal e estadual e a classe produtora. Frases como: “não há necessidade de reforma agrária enquanto houver empresários promovendo o emprego”, “o homem é o centro do meio ambiente” e “não se divide a pobreza, mas a riqueza” arrancaram aplausos de uma plateia de produtores, estudantes e público geral.
A quantidade de defensivos genéricos disponíveis no mercado garantem aos produtores preços mais adequados devido a concorrência colocou o presidente da FEDERARROZ. Mas a grande diferença está na irrigação. A abundância de recursos hídricos, aliado a topografia, garantirão por muito tempo a competitividade do arroz paraguaio. Mesmo naquelas situações que necessitam de irrigação mecanizada, desfrutam de tarifas e disponibilidade de energia elétrica invejáveis, complementou.
COMPETITIVIDADE E COMÉRCIO
Além das vantagens nos custos de produção, a escala das lavouras traz ao modelo paraguaio uma diferença extremamente grande. Enquanto o Rio Grande do Sul e Santa Catarina ainda serem caracterizados por uma agricultura familiar, pelo menos no aspecto econômico, com uma grande parcela de produtores explorando menos de 150 ha, há a sensação que a média do Paraguai chegue a cinco vezes mais.
O presidente da FEDERARROZ convocou aos principais países produtores do Mercosul a disputarem o mercado mundial de arroz de forma organizada e conjunta, observando que mesmo com a possível ampliação da  produção na América do Sul, e consequentemente do comércio internacional extra bloco, este representará no máximo pouco mais de 3 % das transações mundiais do produto beneficiado.