O policial do GOE, Diego Oliveira Bica conta o perigo e a emoção que moveram a sua atitude para salvar um dos meninos que caíram no Ibirapuitã na tarde de sábado (27).
-Eu e o colega Andre Charão estávamos trabalhando na Vila Nova,quando um chamado pelo rádio avisou que havia pessoas caídas na água, próximo ao pontilhão do trem e com risco de morte. Imediatamente nos deslocamos para lá.
A única maneira de chegar ao local é pelos trilhos. Ele correu e populares o atacaram pedindo socorro de que havia crianças caídas na água. Rapidamente tirou a farda, em cima dos trilhos, e se jogou no rio para salvar um que avistou agarrado em uma árvore.
– Eu não sou salva vidas, mas naquela hora falou mais alto a missão para salvar aquela criança, salienta. O soldado conta que tudo foi muito rápido e quando chegou próximo ao menino conversou para acalmá-lo. – Quando me viu “se grudou” desesperado em mim chorando, chamando pelos amigos que estavam em um ponto mais distante. O menino já estava cansado, explica.
Neste momento, os dois afundaram um pouco. “Dai pensei rápido, já com a criança segura em um dos braços pedindo para ele ajudar a nadar para chegarmos até à margem.
Populares foram determinantes neste resgate,destaca o soldado Diogo Bicca,porque trouxeram cordas e uma boia para ajudar.
Depois que salvou este menino chegaram os botes do Exército que resgataram as outras duas crianças.
O policial diz que não sabia que naquele momento um bote tinha virado, no mesmo local, com outros cinco homens que também corriam risco de morte.
-Eu só senti medo e percebi o perigo depois que estava em terra, porque a correnteza era algo assustador e, por um descuido poderíamos ter ido água abaixo. Foi a primeira vez que o policial salvou alguém na água e diz: “é uma sensação única sentir que você é a última esperança de vida a uma pessoa”