Golpe novo pelo WhatsApp provoca prejuízos no comércio

Em época de pandemia, um dos crimes que teve um crescimento considerável foram os golpes. Os estelionatários já criaram diversas formas de ludibriar as pessoas que são vítimas. Os mais relatados nos últimos dias e com um número maior de registros são os golpes do WhatsApp, onde o número é clonado e os golpistas realizam pedidos de depósitos, falso sequestro, saque irregular do auxílio emergencial e o mais recente, o estelionato através de recargas de celulares.

Em Alegrete, na noite de domingo, motofretistas foram alvos do estelionato através das recargas de celulares, usando o nome da Brigada Militar.

Segundo um comerciante, local de origem de um dos golpes, o criminoso  liga usando o nome de um policial militar, pede para realizar a entrega de algum produto e, na sequência, para fazer recargas.

“Eu estava envolvido nas entregas e nos pedidos, quando a funcionária que anota os pedidos disse que um policial militar estava no telefone e disse que era meu amigo. Ele queria a entrega de uma pizza e também pediu pra falar com o entregador. Até aí, tudo bem, eu nunca pensei que pudesse ser golpe, até porque não fiquei sabendo na hora, os valores das recargas. Ele pediu o contato do motoboy e passou a falar com ele pelo WhatsApp”- explicou.

O empresário disse que a informação para o rapaz que faz entrega foi de que os colegas estavam atendendo uma ocorrência e ele não teria como ir até o local. O pedido era da pizza e de três recargas, o golpista também pediu uma nota fiscal e, na foto do whatsApp, era um homem fardado.

“O rapaz que é um homem trabalhador, faça sol ou chuva, está sempre batalhando, precisa muito do salário, vive disso, infelizmente fez as quatro recargas que somaram o valor de 180 reais, três de 50 e uma de 30. Na hora quando ele comentou, até pensei que fosse de 20 reais.” – comentou.

O DDD do número é 53 e o homem fala como se fosse realmente policial. Tem uma boa conversa e poder de convencimento, tanto que o trabalhador foi vítima. A pizza que era apenas uma desculpa, retornou para o estabelecimento comercial e o proprietário doou para os funcionários.

O alerta é realizado porque para outro motofretista foi feito o pedido de um líquido de freio e, mais as recargas. Os produtos são apenas uma forma de ludibriar às vítimas para que elas não suspeitem e façam as recargas.

A orientação do Comando local do 2° RPMon de Alegrete é que as pessoas não façam nenhuma doação, recarga ou compras em nome da Instituição. Caso recebam alguma ligação de alguém se identificando como policial militar que, imediatamente, façam contato com o 190.