Justiça prorroga prisão de índios suspeitos de morte de agricultores

Decisão atende pedido da Polícia Federal e tem validade até o dia 9 de julho. Irmãos foram mortos no dia 28 de abril, no Norte do Estado.

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A 1ª Vara Federal de Erechim concedeu a prorrogação por 30 dias da prisão temporária de índios suspeitos de matarem dois agricultores emFaxinalzinho, no Norte do Estado. Cinco indígenas foram detidos no dia 9 de maio e outros três permanecem foragidos. A decisão foi assinada no dia 6 e atende a um pedido da Polícia Federal.
Entre os capturados pela polícia está o cacique da reserva de Votouro, Deoclides de Paula. O titular da Delegacia de Polícia Federal de Passo Fundo, Mário Luiz Vieira, afirmou à Rádio Gaúcha que manter os indígenas detidos é fundamental para a resolução do caso:
— Nós estamos com muita dificuldade para prender os três restantes e identificar os demais. Porque as reservas e, no caso, a reserva indígena Votouro são hostis para a Polícia Federal — comentou.
A prorrogação da prisão temporária dos cinco índios, detidos desde o dia 9 de maio na Penitenciária Estadual do Jacuí, em Charqueadas, tem validade até 9 de julho. A Polícia Federal pretende solicitar à Justiça, ainda nesta semana, a prisão preventiva de oito suspeitos de envolvimento no crime.
No dia 28 de abril, os agricultores e irmãos Alcemar Batista de Souza, 41 anos, e Anderson de Souza, 26 anos, foram mortos a tiros e a pauladas ao tentar furar o bloqueio feito por indígenas em estrada de Faxinalzinho.
 
Fonte: Zero Hora