“O milagre da vida, o milagre da fé. Meu neto é um milagre, porque ouvi desde o início que ele não teria a mínima chance de nascer com vida. Depois que não iria sobreviver a cirurgia, na sequência que não iria suportar viajar de Porto Alegre a Alegrete. Porém, ele mostrou o quanto é um guerreiro e, hoje, está com cinco meses e muito bem.”
Roberta Menezes falou com a reportagem e descreveu a história emocionante de superação da filha e do neto. Em 2018 a adolescente estava com 16 anos e engravidou do pequeno Nicolas Menezes. A gestação não estava programada, mas foi muito aceita e Suiane teve todo apoio. À época ela estava com um problema de saúde e a medicação alterou o efeito do anticoncepcional.
No mesmo ano, ela soube que o pai estava doente, com câncer. Foi mais uma batalha que enfrentou, pois os seus pais se separaram quando ela estava com sete anos. Mas ela nunca deixou de ter o convívio do pai e não o deixaria sozinho naquela etapa.
Ao mesmo tempo iniciou o pré natal. Com dois meses, em um exame, o obstetra identificou que Nicolas tinha hidrocefalia, com isso, o acompanhamento passou a ser em Porto Alegre. “No início íamos uma vez por mês, depois passamos a ir uma vez na semana e, na reta final, duas semanas antes do parto, fomos para Porto Alegre.
Minha filha foi sempre muito guerreira, batalhadora e nunca deixamos de acreditar. Ouvimos muitas vezes que seria um milagre Nicolas nascer, ainda mais sobreviver por uma semana.” – contou a avó.
A Cesária foi muito complexa, a cabeça do Nicolas era muito grande, mesmo assim, os dois se saíram muito bem. Embora todos os diagnósticos negativos, mãe e avó acreditavam que ele iria ficar bem.
“Com isso, preciso dizer, às pessoas, que nunca percam a fé. Nicolas fez a primeira cirurgia com apenas quatro dias. Então ficamos sabendo, que ele também tinha holoprosencefalia.
O relato era que meu neto que não iria resistir, nem mesmo na barriga da mãe. Ele foi muito valente e se recuperou de forma surpreendente. Sem defeitos no rosto, porque poderia nascer com alguma deficiência, ele ficou quase um mês internado” – comentou.
Nícolas está com cinco meses. Segundo a avó, ele dá a cada dia lições incríveis. O problema não sumiu, mas todos os diagnósticos e avaliações eram muito cruéis e nesta etapa, Nícolas está cada dia mais esperto.
“No momento em que fez a cirurgia pra colocar a válvula, com quatro dias , recordo que a pressão dele caiu e os batimentos chegaram a 23. Saímos do hospital em carro particular pois não tinha ambulância disponível. Tudo foi muito difícil, mas o nosso milagre da vida está aqui, está apresentando melhoras diárias.
O mais importante é para que as famílias que passarem por algo assim, nunca desistam. O amor e a fé removem montanhas e são capazes de tudo. Minha filha, hoje está com 17 anos e é uma mãe maravilhosa. Nicolas completou cinco meses de muitos que virão. E o mais importante, nunca acreditamos que não haveria uma solução. – completou.
Flaviane Antolini Favero
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