Nota de repúdio dos lojistas afetados pela queda da marquise

O incidente ocorrido na madrugada de 28 de outubro de 2024, onde parte da estrutura do edifício Residencial Vasco 220 desabou de maneira inesperada, permanece sem solução!

Existem dois sentimentos muito intensos decorrentes da situação: o de desleixo e o de injustiça.
Cansados de aguardar um retorno amigável, tanto da Construtora Sotrin quanto da Administradora Adicon, e com base nos dois laudos técnicos emitidos sobre o incidente, o entendimento dos lojistas afetados pelo evento sinistro é o de que ambas são responsáveis — a Sotrin, pela execução da obra da marquise, e a Adicon, pela manutenção inadequada da mesma.

Mesmo diante dos laudos técnicos, houve inércia de ambas as instituições. Os lojistas ficaram entre 16 e 25 dias impedidos de trabalhar, tendo, no entanto, que continuar arcando com suas obrigações financeiras, como o pagamento de despesas correntes, salários de funcionários e demais compromissos da mesma natureza. A interrupção das atividades resultou em atrasos nos pagamentos, acarretando juros, multas e grande constrangimento junto a clientes e fornecedores.

Passaram-se meses e foram realizadas inúmeras tentativas extrajudiciais de resolução do conflito, com o objetivo de viabilizar uma solução consensual para o ressarcimento dos prejuízos causados pelo desabamento da estrutura. No entanto, apesar da boa-fé e da disposição dos lojistas em evitar a judicialização da demanda, todas as tratativas foram infrutíferas, tornando inevitável o ajuizamento da ação para assegurar a devida reparação pelos danos materiais e morais sofridos.

A marquise caiu e não foi recolocada — situação que, para as empresas responsáveis, mostrou-se mais fácil, prática e menos dispendiosa. No entanto, ignoraram a série de problemas causados àqueles que ali mantêm seus comércios, trabalham e tiram seu sustento. A medida foi completamente incompleta, deixando um rastro de consequências, como a poeira residual, que ainda hoje cai sobre o local; a entrada intensa de luz solar, especialmente no verão — o que danifica e deprecia os produtos, em especial os sensíveis à luz, como lentes oculares; as altas temperaturas resultantes da falta de proteção; e a entrada de água durante chuvas torrenciais, entre outros transtornos e inconveniências.

O prédio foi construído pela Construtora Sotrin Ltda., sob responsabilidade técnica da engenheira civil Eduarda Carlesso Trindade, conforme as anotações registradas junto ao CREA, e era administrado pela empresa ADICON Administradora.

Uma das lições mais importantes ao se fazer negócios é observar como as corporações se comportam diante de suas responsabilidades. Antes de contratar serviços, é fundamental avaliar a conduta da empresa contratada diante de situações adversas. Esse episódio deve servir de alerta a todos que pretendem realizar negócios com tais empresas: se algo sair errado, o dano será grande e o retorno será vago.

Alegrete, 05 de maio de 2025.

Signatários
Bolichão do Gaúcho
Mercadão dos Óculos
Ótica Nova Visão
Sensual Moda Íntima

Se inscrever
Notificar de
guest
0 Comentários
Mais antigas
O mais novo Mais Votados
Comentários em linha
Exibir todos os comentários