Plantio do trigo atinge 3% da área prevista para o RS

 
A partir desta semana, a Emater/RS-Ascar passa a monitorar, quinzenalmente, as condições das lavouras de trigo e sua evolução, acompanhando as condições meteorológicas durante o ciclo da cultura. Os últimos dias, com excesso de umidade no solo, não foram favoráveis para o plantio das lavouras localizadas na parte Norte do Estado, impedindo o avanço da área semeada, que alcança apenas 3% no Estado, enquanto que, na safra passada, nesta mesma época, o percentual chegava a 5%. De acordo com o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, a região de Ijuí é a que mais avançou no plantio do trigo, atingindo 8% de um total projetado de 331 mil ha para esta safra.
A colheita do feijão safrinha no RS atingiu os 73% da área semeada, com ótima evolução neste último período nas regiões Sul, Alto Jacuí, Noroeste Colonial e Centro Serra, onde se aproximaram do final. Nas demais, a colheita segue normal. As produtividades obtidas até o momento se mantêm acima da média inicialmente projetada, mesmo que com redução em algumas áreas, devido a problemas de clima. No Planalto, por exemplo, a produtividade do feijão safrinha ultrapassa os 1,75 toneladas por hectare.
 
FRUTICULTURA
Enquanto o maracujá azedo apresenta 60% da produção total colhida, apesar da insatisfação dos produtores em relação a preços (que teve queda de R$ 10,00 para R$ 8,00), as áreas para a produção de morango, pêssego e videiras estão sendo implantadas.
No caso do morango, a baixa luminosidade e a alta umidade foram prejudiciais à cultura, provocando a incidência de doenças fúngicas na parte aérea. Os produtores ainda trabalham na implantação de novas áreas cultivadas no solo, utilizando mudas nacionais, tendo em vista que as mudas importadas, das variedades de dia neutro, estão sendo entregues com atraso. Já a implantação de áreas de mudas importadas, de variedades de dia curto, segue sem maiores problemas. Os cultivos em substrato instalados em estufas seguem com intensa floração e início de frutificação.
Os produtores de pêssego estão fazendo o manejo dos pomares, com tratamentos fitossanitários com uso de caldas, poda de limpeza e eliminação de ramos doentes e ramos ladrões e manejo das pernadas.
O período é de implantação de culturas de cobertura verde nos parreirais. Na região de Soledade, muitos viticultores aproveitam a boa umidade do solo e as temperaturas amenas para fazer a semeadura de aveia pré-germinada, o que possibilita a implantação da cobertura verde sem revolver o solo.
Nesta época do ano, a cultura do tomate enfrenta problemas em função da queda brusca de temperatura, baixa luminosidade e excesso de umidade, que favorecem a ocorrência de doenças e prejudicam o desenvolvimento das plantas, limitando a produtividade e exigindo intensificação de tratamentos fitossanitários, que aumentam o custo de produção. Mesmo assim, a cultura de segunda safra de tomate encontra-se em plena colheita no RS. No município de Feliz, os novos plantios estão em desenvolvimento vegetativo e início de frutificação e apresentam boa sanidade. A maioria das áreas “velhas” já foi eliminada. Houve aumento no número de produtores que estão cultivando o tomate cereja em substrato, tanto em vasos como em calhas.
 
FORRAGEIRAS
As forrageiras de verão, especialmente as gramíneas perenes como o Tifton, não cessaram por completo seu ciclo vegetativo, permitindo o pastoreio rotativo direto dos animais, notadamente nas propriedades que manejaram essas áreas de maneira racional, respeitando o período necessário para a recuperação das áreas intensamente pastoreadas.
Nesta época do ano, conhecido por vazio forrageiro outonal, devido à entressafra de pastagens cultivadas de verão e baixa oferta de pastagens naturais, os produtores e muitas propriedades precisam suplementar a alimentação dos animais com silagens, fenos e grãos.
Neste momento, os produtores finalizam a implantação das pastagens cultivadas de inverno, principalmente as gramíneas anuais, como aveia e azevém, e as leguminosas, como trevos e cornichão. As áreas de pastagens recém implantadas estão em desenvolvimento inicial ou vegetativo Em algumas propriedades, os agricultores começaram a utilizar as pastagens cultivadas de inverno, como aveia, que é a espécie mais precoce cultivada no Estado.
Apicultura – A colheita de mel está finalizada em todas as regiões do Estado. A safra proporcionou grandes quantidades de mel por colmeia, pois as condições de clima foram favoráveis ao desenvolvimento da atividade. Nesta época, quando as temperaturas baixam e diminuem as floradas, as abelhas tendem a diminuir suas atividades nas colmeias e a suplementação alimentar torna-se importante ferramenta de apoio para o fortalecimento dos exames. Os apicultores realizam limpeza das colmeias vazias, redução dos alvados para aumentar a temperatura interna das caixas, e colocação de cera laminada nos caixilhos, para a captura de novos enxames quando iniciar a primavera.