O protesto dos servidores públicos na última segunda-feira(3), mais do que um gesto de repúdio ao parcelamento de salários, expôs as sérias deficiências da Brigada Militar. Viaturas sem condições de trafegabilidade, pela falta de manutenção, e outras com a documentação irregular, retiraram da ruas a quase totalidade da frota da guarnição de Alegrete.
Atualmente, três viaturas estão sendo usadas pelos PMs no policiamento diário. O usual é contar com seis viaturas em determinadas situações, especialmente quando há necessidade de reforços. Até quarta-feira, os policiais do GOE estavam em atividade, mas sem a viatura do pelotão. Sanados os problemas mecânicos, a caminhoneta voltou às atividades.
Não há previsão da regularização dos demais veículos, 14 no total. Outros fatores também contribuem para o quadro de dificuldades na normalização das atividades da corporação, como os coletes vencidos e cortes nas horas extras. O contingente de homens na Brigada Militar em Alegrete, apresenta uma defasagem histórica. Atualmente, são 78 policiais, mas que devido as folgas, licenças, férias e os que estão deslocados para outros municípios, esse número reduz para 45 homens. O ideal para uma população ao redor de 78 mil habitantes, seria de 174 homens. Mas, essa não é uma deficiência somente da nossa cidade, a defasagem de policiais nas ruas em todo o estado é muito grande.
Os candidatos aprovados no concurso da BM ainda não foram chamados. O contingenciamento de despesas anunciado pelo Governo do Estado não permitiu que novos policiais minimizassem a falta de PMs nas fileiras da instituição.