Presos de Porto Alegre e Canoas são transferidos para evitar superlotação de delegacias

Segundo a Secretaria da Administração Penitenciária (Seapen) e a Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe), serão removidos 144 detentos no total, para evitar a superlotação das delegacias. Depois da quarentena, eles serão encaminhados aos presídios de acordo com a Vara de Execuções Penais.

Os presos cumpririam a quarentena na Cadeia Pública de Porto Alegre, antigo Presídio Central, que está interditada para recebimento de novos presos, por decisão judicial após a constatação de contágio do coronavírus entre os detentos. A medida tem duração prevista de 15 dias.

Junto com outras 200 vagas já autorizadas pela Justiça, as delegacias contarão com 344 no total, suficiente para evitar a superlotação das carceragens por um período de seis a sete dias, como estima a Seapen.

As transferências foram autorizadas pela juíza da Vara de Execuções Criminais (VEC) de Porto Alegre Sonáli da Cruz Zluhan. “A interdição do Presídio Central é temporária. E também como está prestes a ser inaugurado o Presídio de Sapucaia, acredito que não vai haver presos em carceragens ou viaturas”, afirma a magistrada.

A secretaria ainda informa que tentará reverter a interdição da Cadeia Pública. “Reforçamos o diálogo com o Judiciário, desde a interdição da CPPA e, já no início desta semana, agendamos reunião com a juíza que proferiu a decisão, na qual apresentaremos razões e fundamentos técnicos que entendemos suficientes para o levantamento, ao menos parcial, da interdição”, afirma o secretário da Seapen, Cesar Faccioli.

A Penitenciária Estadual de Sapucaia do Sul, que será utilizada como central da triagem e receberá os presos para quarentena, tem previsão de abertura para agosto.

Segundo a Seapen, totalizando as vagas em Sapucaia, da Pecan e da Cadeia Pública que serão destinada para a quarentena dos presos, a Região Metropolitana terá 1,3 mil vagas para isolamento.