SAMU Mental é lançado em Alegrete

Mais de 80 pessoas ligadas à rede de atenção da saúde no Município participaram do II Fórum Municipal de Saúde Mental, realizado na tarde de ontem, no salão azul do Centro Administrativo Municipal. Com o tema “Saúde Mental em Rede”, o Fórum ocorreu na data comemorativa ao dia mundial da saúde mental, com a discussão sobre a dignidade da saúde mental e os primeiros socorros de saúde mental e psicológica para todos.

O Fórum foi o ambiente perfeito para o lançamento do SAMU Mental, iniciativa considerada inédita na atual gestão. O objetivo do SAMU Mental é de garantir o atendimento e acesso humanizado, das demandas biopsicossociais e das urgências e emergências dos usuários de saúde mental de forma ágil e eficiente, como foi detalhado. Para a coordenadora do serviço de saúde mental, Nádia Mileto, que se empenhou para conseguir o SAMU Mental, o serviço representa a humanização e a dignidade na saúde mental.

O detalhamento de como vai funcionar o serviço SAMU Mental foi feito pelo coordenador responsável pelo projeto, Claudiomiro Oliveira.

O prefeito Márcio Amaral parabenizou por mais esta iniciativa em favor da saúde mental. Disse das dificuldades em disponibilizar os recursos financeiros para atender a tudo o que se precisa, sendo esse o grande desafio para a gestão pública, completou. O prefeito também fez referência ao projeto Sentinela, lançado pela Secretaria de Educação, Cultura, Esporte e Lazer, com dados considerados alarmantes sobre as doenças da alma, daí a iniciativa de propor o debate com a comunidade na busca de ações que minimizem essa situação tão angustiante.

A coordenadora do serviço de saúde mental, Nadia Mileto afirmou da necessidade de uma reflexão capaz de abrir novos caminhos. O presidente do Conselho Municipal de Saúde, José Luiz Andrade defendeu que saúde mental se faz trabalhando a prevenção. A secretária de saúde, Bianca Casarotto definiu ser um momento muito importante, amplamente discutido, que é a implantação do novo serviço na saúde mental.

A psicóloga Judete Ferrari disse que o desafio é fazer com que a sociedade seja acolhedora. O médico psiquiatra João Witt, que prestigiou o Fórum, pregou que a saúde é uma construção coletiva e o SAMU Mental vem para somar mais. Defendeu a ampliação do número de leitos para a saúde mental na Santa Casa que atualmente oferece 20 vagas. Também se pronunciaram a coordenadora regional de saúde, Heili Temp e a vereadora Maria do Horto Salbego, ex-secretária de saúde.

A sequência do Fórum foi para a apresentação dos relatos da atenção especializada, reunindo Caps II, Capsi, Caps AD, Residencial Terapêutico, porta de entrada de toda a rede de atenção à saúde.

DPCOM