Sem fundações, obras do Presídio não avançam e previsão de entrega é para dezembro deste ano

A placa da ordem de serviço no corredor dos papagaios indica a construção da cadeia pública de Alegrete. Após várias reportagem sobre o tema, o Portal Alegrete Tudo visitou o canteiro de obras nesta semana.

O início do serviço consta como dezembro de 2018, mas o cenário diverge do que foi visto às margens da ERS 566. Em um semestre de execução da obra, nem as fundações foram colocadas na área onde será o novo presídio, na extensão total de 123 mil metros quadrados para o prédio projetado em 23 mil metros de área construída.

Galpões que servem de almoxarifado estão com cadeados e vazios. A energia elétrica não foi ligada. Uma máquina retro-escavadeira está parada no tempo. As estacas para delimitar as fundações estão na beira da cerca. O terreno raspado apresenta áreas encharcadas, outras não. Vários montes de aterro permanecem no local.

Durante a reportagem, observamos um caminhão colocando aterro no terreno ao lado, que conforme explanação anterior dos agentes participantes Governo Federal, Estadual e DEPEN não é a mesma área anunciada inicialmente no projeto.

De acordo com informações repassados pelo DEPEN, no mês de abril, os trabalhos de fundação iriam iniciar assim que o tempo chuvoso permitisse. Atualmente o serviço se limita a um caminhão colocando aterro na área onde foi erguida a placa da ordem de serviço. Tentamos contato com a assessoria de comunicação da Secretaria de Serviços Penitenciários, mas não obtivemos resposta até o fechamento desta reportagem.

O custo total da obra é de R$ 16.152.116,65 e tem prazo de entrega para dezembro deste ano. O atual Presídio Estadual de Alegrete na última quinta-feira (6), com capacidade para 81 presos, estava superlotado com 202 apenados e 60 em sistema de rodízio, totalizando a carceragem de 262 presos para a cidade de Alegrete.

Julio Cesar Santos