Na manhã desta terça-feira(26), servidores da 10ª CRS aderiram à greve. Apenas atividades essenciais e de iminente risco de vida serão realizadas, o que corresponde aos 30% previsto em Lei.
Conforme o comando da greve, essa paralisação não é algo que os servidores desejam, mas frente às dificuldades é a única forma de expor o repúdio ao pacote de maldades do governador.
Leonel Paz Bombach presidente do núcleo do SINTERGS – Sindicato dos Servidores de Nível Superior do Poder Executivo do Estado do Rio Grande do Sul, em Alegrete, disse que no último dia 14 depois da Assembleia, houve uma caminhada até o Palácio Piratini, onde ficou acordado que a categoria iria aderir à greve a partir de hoje.
Dentre as reivindicações, Leonel destaca que, há mais de 48 meses estão com salários atrasados, além da falta de reajuste salarial nos últimos cinco anos.
Os servidores públicos do Estado têm consciência da relevância dos serviços prestados à população. Em função disso, manterão 30% das atividades consideradas essenciais em funcionamento, como determina a legislação. Outras atividades que não são consideradas essenciais serão totalmente interrompidas a partir de terça-feira, por tempo indeterminado.
As razões para a greve são bastante conhecidas da população gaúcha: o persistente atraso no pagamento dos salários do funcionalismo, que afeta os servidores e também seus familiares; a falta de reposição salarial nos últimos cinco anos, que causa perdas superiores a 30% nos vencimentos; e o pacote de reestruturação administrativa do Estado proposto pelo governo, que retira direitos adquiridos dos servidores públicos e precariza ainda mais a prestação de serviços à população, atingindo em cheio os mais pobres – funcionários ou não.
“O pacote prevê congelamento total dos salários, sem contar que, o servidor ao se aposentar vai ter somente o salário base, o que levou muitos a solicitarem a aposentadoria. “São servidores muito capacitados, por esse motivo, já é um prejuízo” comentou Leonel.
“Neste sentido pedimos a compreensão de todos e se julgarem procedente nossa causa, pedimos apoio junto aos prefeitos e deputados de sua base para votarem contra a aprovação deste pacote que praticamente acaba com o servidor público estadual e, em consequência com o serviço público. As consequências serão sentidas por toda a população, que pode ficar desassistida de serviços essenciais, visto que muitos servidores estarão deixando o serviço público.” – descreveram.