Programada para este dia 24 a greve do Poder Judiciário Gaúcho.
O Foro de Alegrete manterá somente o funcionamento legal de 30%, conforme determina a Lei atendendo somente a casos urgentes, respeitando o previsto, por ordem cronológica de chegada dos processos e ações, inclusive na Distribuição em que estão pendentes- a distribuição de mais de 4.000 execuções fiscais do Município de Alegrete.
Antes da decisão de deflagar a greve, a categoria fez inúmeras moções, abaixo-assinados, paradas de uma hora durante 02 anos, solicitação de mesa de negociações e somente foi ouvida quando foi realizada uma audiência pública na Assembleia Legislativa do RS, em que a administração se comprometeu a analisar a proposta alternativa à extinção do cargo de Oficial Escrevente, mas não apresentou resposta até hoje, mantendo-se inerte.
Na terça-feira, dia 17 de setembro, a categoria foi surpreendida com a colocação em pauta da votação da extinção do cargo, através de acordo de líderes, mas foi retirada da pauta pela expressiva participação do Sindicato junto aos escreventes.
Entre as reivindicações estão:
1) a aprovação da perda inflacionária de 5,58% referente ao ano de 2015 não aprovada até hoje pela Assembleia legislativa;
2) proposta de reposição da perda inflacionária referente a agosto de 2016/2018;
3) retirada da PL 93/2017 que extingue a função de 3.500 Oficiais Escreventes, que representam mais de 60% da força de trabalho, colocando-os como cargo em extinção;
4) transposição do cargo de Oficial Escrevente para Técnico Judiciário com apresentação de substitutivo ao PL 93/2017 ou plano de carreira aos Oficiais Escreventes;
4) equiparação do vale-refeição dos servidores com o dos magistrados;
A greve, segundo o contato junto ao Foro de Alegrete, é de que com a extinção do cargo será desanimador manter alguma motivação no trabalho, pois não há perspectiva de nada, uma vez que não há como progredir como os novos técnicos, serão esquecidos em futuras reposições inflacionárias, quiçá recuperação dos percentuais já perdidos, pontuam os servidores da Justiça gaúcha.
Na Comarca de Alegrete tem 22 servidores e 8 oficiais de Justiça.
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