
A pastora e cantora gospel é natural de Santiago, no Rio Grande do Sul, mas residente em Alegrete ao lado do esposo, o também pastor Lucas Lopes. Ela compartilha uma trajetória marcada por fé, milagres e um profundo compromisso com aquilo que acredita ser seu propósito: levar a mensagem de Deus através da música e da palavra.
Clique aqui para receber as notícias do PAT pelo Canal do WhatsApp




“Sou um milagre.” Assim inicia a entrevista, com uma declaração que resume a essência de sua história. Antes mesmo de nascer, a vida de Victoria já era desafiada por circunstâncias que, segundo os médicos, tornavam improvável sua sobrevivência.
Aos sete meses de gestação, sua mãe, Lore Marques — hoje também pastora em Santiago — sofreu complicações após realizar esforço físico durante uma limpeza doméstica. O diagnóstico hospitalar era devastador: sem líquido amniótico, seria impossível continuar com a gravidez.
Mas foi em casa, de joelhos, que Lore orou: “Deus, se cuidar desta bebê para que eu consiga chegar ao fim da gestação, por mais dois meses, tenho certeza que ela vai nascer para cantar pra Ti”. Contra todas as previsões médicas, a gestação foi concluída sem intercorrências. Para Victoria, essa promessa feita por sua mãe foi o início de tudo. “Fui consagrada para cantar para Deus ainda no ventre da minha mãe”, afirma Victoria.
Clique aqui para receber as notícias do PAT pelo Canal do WhatsApp
Aos oito anos, ela iniciou sua caminhada na Igreja do Evangelho Quadrangular. Aos nove, surgiram as primeiras inspirações musicais, todas autodidatas. Com 15 anos, começou a tocar violão. Desde então, Deus a levaria a diversos lugares. Mas a trajetória nunca foi fácil.
“Deus me chamou e me escolheu, mas foi necessário que eu aceitasse”, lembra. Começou ajudando a mãe em Santiago, aprendendo a pregar e liderando grupos de jovens. Ao longo dos anos, desenvolveu uma forte atuação como ministra de louvor. Seus cânticos, afirma, estão ligados a testemunhos de curas, reconciliações familiares e transformações de vida. “Sou apenas um vaso. O poder é de Deus. Eu sou só o instrumento.”
Victoria também enfrentou obstáculos financeiros. Sonhava gravar um CD, mas via o projeto como algo distante. Em uma vigília, conta, recebeu a mensagem: “Você pode não ter tudo que precisa, mas faça com o que tem.” Em 2019, um pastor a convidou para gravar seu primeiro CD. Mesmo com a chegada da pandemia pouco depois, ela não parou mais. A partir do momento em que segurou o álbum em mãos, passou a viajar intensamente pelo Sul do país – já são mais de 37 cidades no Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina.
A voz inconfundível e o dom da palavra a tornaram conhecida em diversos eventos evangélicos. Em Alegrete, onde reside há dois anos, recebeu apoio da Coordenadora Estadual de Mulheres da IEQ, pastora Lucimar Bastos, que fez uma promessa: ela participaria de congressos em diferentes regiões. “Hoje viajo Norte, Sul, Leste e Oeste. Só Deus poderia fazer isso.”
Mesmo com a agenda cheia, Victoria mantém os pés no chão e reforça que sua missão vai além de cantar. “Meu propósito não é levar uma religião, é levar Jesus, esse que ama e perdoa.” Ela faz questão de atender convites de várias denominações, promovendo conferências e cultos em igrejas de diferentes frentes. “Foi um pedido que fiz: estar em todos os lugares que posso levar a palavra.”
Clique aqui para receber as notícias do PAT pelo Canal do WhatsApp
Durante a entrevista, relembra um momento marcante em Santa Vitória do Palmar. Em meio a dificuldades pessoais, questionou em oração: “Deus, tu esqueceu de mim?” A resposta veio através da fé: não, Ele nunca esquece. Ela cita testemunhos de pessoas que ouviram seus louvores e tiveram experiências transformadoras. Um senhor com câncer afirmou que, após uma corrente de oração inspirada por suas músicas, entrou em remissão. Outro relato fala da reconciliação de familiares afastados há seis anos, motivada por uma canção.
Além da atuação ministerial, Victoria é professora formada em magistério, embora hoje não exerça a profissão formalmente. “Enquanto eu cuido do meu propósito, Deus cuida de mim”, resume.
O casamento com Lucas Lopes, inicialmente um amigo e missionário, veio como resultado da partilha de propósitos. Hoje, juntos, vivem para evangelizar e fortalecer a fé das pessoas por onde passam.
Clique aqui para receber as notícias do PAT pelo Canal do WhatsApp
Para ela, a fé é uma ferramenta de milagres. “Chorei muito, mas aprendi. Tudo foi um processo. O que Deus quer, não há porta que possa fechar.” Com sua voz, ela evangeliza, cura e transforma, não por mérito próprio, mas por ser, como ela diz, “um vaso de barro à disposição de Deus. Descubra o seu propósito. Aqui é apenas uma passagem. O que me mantém em pé é isso: saber que fui deixada com vida porque há um plano”
A trajetória de Victoria Helena é um exemplo de entrega, superação e missão. Sua vida, desde o nascimento, é um testemunho vivo da fé que professa. Ela encerra a entrevista com uma declaração simples, mas carregada de significado: “Eu sou apenas um instrumento. A glória é de Deus. E enquanto eu tiver voz, vou usá-la para proclamar o amor que me salvou”.
Siga nas redes: https://www.facebook.com/victoria.helena.226876
Instagran: https://www.instagram.com/adoradora_victoriahelenaof/