
A inflação do país acelerou para 2,21% em março, após registrar 1,08% no mês anterior. Esta é a maior alta para um mês de março desde 2006 (1,57%) e a maior taxa desde março de 2022 (1,62%). A alta foi influenciada especialmente pelo aumento de 12,80% na soma do setor de alimentação, que exerceu um impacto de 0,46 ponto percentual (p.p.) no índice.
Entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, a maior variação foi registrada pelo grupo Educação (5,60% e 0,28 p.p.), seguido de Habitação (6,14%), responsável pelo maior impacto (0,65 p.p.) no índice do mês. Destacam-se, também, as altas nos grupos alimentação e bebidas (12%) e Transportes (0,61%), os quatro grupos respondem por boa parte do índice IPCA de março.
No grupo Alimentação e Bebidas (18% e 0,26 p.p.), a alimentação no domicílio aumentou 0,63% em março, abaixo do resultado de janeiro (1,10%). As principais variações positivas foram as da cenoura (14,12%) e do café moído (21,66%) e, no lado das quedas, destacaram-se a batata-inglesa (-15,17%), o arroz (-5,46%) e as frutas (-4,77%).

A alimentação fora do domicílio cresceu de 0,48% em fevereiro para 0,62% em março. Tanto a refeição (0,43%) quanto o lanche (0,77%) tiveram variações inferiores às observadas no mês anterior (0,96% e 0,98%, respectivamente).
Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 25 de fevereiro de 2025 a 30 de março de 2025 (referência) com os preços vigentes no período de 27 de fevereiro a 29 de março.
Fonte: IPCA