Atitudes do bem salvam cadela atacada por ouriço

Na manhã de ontem (20), muitos apelos nas redes sociais para que uma cachorra fosse socorrida por um veterinário, depois de aparecer com a região da boca cheia de espinhos. Tudo leva a crer que ela tentou atacar um ouriço e acabou ferida. A defesa do ouriço são os espinhos. Porém, se o animal não for medicado e os espinhos retirados pode vir a óbito.

Rafael Bolina que reside no bairro Vila Nova, descreveu em um post que a cachorra estava sempre por ali e ele a alimenta há anos. Já tem um vínculo com o animal, por esse motivo o desespero em vê-la daquele jeito.

Mas para o alívio do amigo, pouco tempo depois o  veterinário Manoel Poitevin, de forma voluntária, foi ao endereço e retirou os espinhos do animal que estava sofrendo muito.

 

Rafael fez questão de agradecer e dizer que são pessoas especiais e solidárias como o médico veterinário, que ainda deixou medicação para três dias, que fazem a vida valer a pena e, acima de tudo, acreditar no ser humano.

O morador do bairro Vila Nova, também tomou uma decisão. Depois de quase perder sua companheira, ele decidiu adota-la. Desde ontem (20), Tigresa já tem um novo lar, com muito carinho.

“Sempre a alimentei, dei banho, vermífugo e cuidei dela, mas a deixava livre pois no início imaginei que ela pudesse ter donos. Mas agora decidi que ela vai ficar conosco.

 

Foi um grande susto, mas graças aos amigos que se mobilizaram nas redes sociais e ao médico veterinário, deu tudo certo.” – completou.

Ao visualizar situações como essas, o recomendado é que os moradores não tentem retirar os espinhos por conta própria, pois podem agravar ainda mais a situação. O aconselhável é socorrer o animal e levá-lo a um veterinário.

O ouriço-terrestre, também conhecido como ouriço-cacheiro tem o corpo revestido por espinho, exceto o rosto e o ventre. Ele tem cerca de seis mil espinhos aguçados, com cerca de 2 a 3 centímetros. Quando se sente ameaçado, se enrola sobre próprio corpo e eriça os espinhos, que facilmente se desprendem da pelagem e penetram a pele do agressor, conforme informaram os veterinários.

Flaviane Antolini Favero