Audiência esclarece sobre Selo Arte para produtos de origem animal

A audiência pública proposta pelo vereador Rudi Pinto reuniu produtores da região do Durasnal, que vieram saber sobre o Selo Arte para produzir  produtos de origem animal em casa.

A sessão foi presidida pelo vereador Celeni Viana. O prefeito Cléo Trindade abriu a reunião dizendo da preocupação em buscar formas para que estes trabalhadores possam fazer seus produtos e comercializar, garantindo a renda familiar.

O Médico Veterinário Gabriel Charão explicou que mesmo com Selo Arte as pessoas devem fazer as adequações em sua casa para produzir queijos, ovos e outros produtos. Segundo ele, são mudanças coo a colocação de tela nas janelas e portas, mesas, dentre outros.

Ele visita as propriedades rurais verificando as condições e disse que de 12 visitadas, 7 demonstraram interesse em se adequar para produzir de acordo com as normas da Vigilância, garantindo saúde e qualidade aos produtos.

Questionando por uma senhora, porque onde ela faz bolachinhas e doces não pode fazer o queijo caseiro, Charão explicou que o que vai no forno reduz o risco de contaminação diferente do queijo que tem muita água e no leite tem potencial de ter brucelose, tuberculose  ou bactérias listeria e dai a necessidade de cuidados com as vacas e na produção direta dos queijos.

O vereador Anilton Oliveira propôs que se crie uma comissão para ir à Secretaria de Estado da Agricultura tentar uma norma que flexibilize a lei , já que a lei está voltada aos grandes produtores e não atende a interesses desses que produzem em pequenas quantidades, ponderou.

Para ter o Selo Arte também e necessário que tenha um técnico responsável que assine o selo dos produtos. Dai surgiu a ideia, conforme o Prefeito Cleo Trindade, de  verificar a possibilidade de convênio do Município  para que se disponibilize este trabalho de ajuda aos produtores.

Muitos que estavam na reunião não teriam condições de fazer aumentos ou gastos no valor 1.200 reais e isso também é outra questão que os produtores vão buscar alternativas , mas tudo tem que passar pela lei atual e Vigilância Sanitária, que não facilita em nada esses pequenos produtores que estão mobilizados por melhores condições para poder produzir e vender produtos de origem animal aqui em Alegrete.

Vera Soares Pedroso