
Morreu no último sábado(24), um dos empresários de maior referência no ramo da gastronomia em Alegrete, Augustinho Sleifer.
O empresário, natural de Encantado, estava com 81 anos e não resistiu a complicações do seu debilitado quadro de saúde.
Com tempero inconfundível e considerado um dos mais saborosos galetos da cidade, o restaurante Dom Augusto mantinha sempre seu público fiel.
Com a esposa Maria Sleifer, eles atuaram no ramo gastronômico até cerca de cinco anos atrás. O restaurante ficava no calçadão e contava com um grande público que era cativo aos temperos do Dom Augusto. Pessoas do interior, viajantes, trabalhadores, comerciários, entre outros fregueses diários do atendimento e cardápio.
Também havia a opção da tele-entrega de churrasco e galeto.
O empresário trabalhava, assim como dona Maria, na linha de frente. O Galeto do Dom Augusto ou Agostinho como o chamavam, tinha um tempero que muitos classificavam como único e o melhor da cidade.
Outra lembrança, pouco mais distante, nos anos 80, era o melhor restaurante da época, localizado na Rua Dos Andradas, se chamava Extravaganza, atualmente no prédio onde funciona a rádio Minuano FM.
Depois passou por outros locais e encerrou suas atividade na Gaspar Martins, fundos, no calçadão de Alegrete. Agostinho estava aposentado.
Nas redes sociais, alguns depoimentos que demonstram o grande trabalho realizado pelo casal e o quanto seu Augustinho se destacou no ramo gastronômico. Ele fazia questão de ser o assador ou de estar perto da churrasqueira.
O jornalista, Alair Almeida, que sempre é um colaborador do PAT acrescentou:
Agostinho sleifer, com seu restaurante na Gaspar Martins, o Dom Augusto, durante muito tempo foi ponto de encontro das famílias, dos políticos, era o mais preferido para as reuniões festivas. Muitas decisões da vida politica da cidade foram tomadas no Dom Augusto. Agostinho servia um Galeto que era a especialidade pelo tempero .Mas a forma como ele tratava seus clientes, era o segredo da preferência. Gremista da gema, sabia muito sobre a história gloriosa do Imortal. E conseguia granjear a simpatia de gremistas e colorados pela sua forma de ser e de tratar as pessoas.
Uma visita de autoridade, a reunião política, aniversário, confraternização de funcionários de empresas, era no Dom Augusto e seu galeto delicioso.
Todas as manhãs, no burburinho das pessoas indo e vindo no Calçadão da Gaspar, misturava-se o cheiro convidativo e irresistível das churrasqueiras do Agostinho botando fumaça para o alto, como a anunciar que seu galeto estava no ponto. Difícil era não chegar para comer ou levar para casa. Até que um dia, seu restaurante fechou as portas , mas o jeito simples e acolhedor do Agostinho que lhe rendeu tantas amizades nunca foi esquecido.A gastronomia da cidade perdeu uma de suas referências.”
As últimas homenagens a Augustinho ocorreram a cargo da Funerária Angelus e o sepultamento foi às 11h de domingo no Cemitério Público Municipal de Alegrete.
Flaviane Antolini Favero