Segundo a polícia, suspeito receitava e vendia medicamentos sem procedência
Três pessoas foram detidas em Nova Palma devido a uma investigação da Polícia Civil que apreendeu mais de 1,5 mil frascos de medicamentos sem procedência que estavam em uma Van. O trio é composto por um homem, que é suspeito de receitar os remédios, a companheira dele e uma senhora que trabalhava com o casal. O homem afirmou à polícia que é formado em Iridologia, Teologia e Ciências Mentais. Segundo os relatos, ele usava uma bacia com água para fazer os diagnósticos.
O suspeito atendia, em média, cem pessoas por mês. Ele pode ser indiciado a crimes que superam 15 anos de prisão.
Segundo o delegado Marcelo Arigony, que investiga o caso, uma pessoa procurou a delegacia da cidade contando que estava desconfiada dos procedimentos adotados no local onde os medicamentos eram vendidos.
_ Fizemos a investigação e constatamos que, aparentemente, os medicamentos distribuídos eram fitoterápicos. Alguns deles sem registro e sem farmacêutico responsável. Suspeitamos que tenha ocorrido exercício irregular da medicina, crime fiscal e crime contra a saúde pública. As penas podem ultrapassar 15 anos de prisão _ afirma o delegado.
Em seu depoimento, o suspeito disse que é formado em Iridologia (diagnóstico através da íris), Teologia e Ciências Mentais.
_ Ele afirmou que tem conhecimentos holísticos, que aprendeu com os antigos, e que é capaz de curar todos os males _ conta Arigony.
Além do homem, foram detidos a companheira dele e outra mulher que trabalhava no local. Segundo a Polícia Civil, o estabelecimento não tinha alvará de funcionamento.
Conforme a investigação, o suspeito fazia o diagnóstico e receitava os medicamentos olhando nos olhos dos pacientes ou colocando os pés deles de molho em uma bacia com água. As pessoas colocavam os pés no recipiente e, conforme a cor que ficasse a água, era receitado um tipo de remédio.
A Polícia Civil acredita que o suspeito atuava em mais cinco cidades: Júlio de Castilhos, Pinhal Grande, Bagé, Canguçu e Piratini.
Fonte: Diário de Santa Maria