
O padre Clésio Facco foi anunciado na manhã desta quarta-feira (28) como o novo bispo da Diocese de Uruguaiana. O comunicado oficial ocorreu durante uma coletiva de imprensa na Catedral Metropolitana de Santa Maria, com a presença do arcebispo dom Leomar Brustolin.
Natural de Nova Palma, Clésio foi nomeado por papa Francisco pouco antes de sua morte. A nomeação seria publicada no dia 23 de abril, mas, com o falecimento do pontífice, o anúncio foi adiado. O decreto, então, foi oficializado por seu sucessor, Leão 14, fazendo de Clésio o primeiro bispo do Brasil nomeado pelo novo papa.
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Agora, antes de sua ordenação episcopal, ele passa a ser chamado de monsenhor Clésio Facco. Ele conta que encara a nova missão como um desafio.
“Esse é um momento muito especial da minha vida. Essa nomeação eu considero uma grande missão, um desafio para mim. E é em um momento significativo da igreja, de mudança de papa e também num período desafiador, em que a Igreja nos convida a todos a vivermos num espírito de esperança, mas também de confiança. E eu sinto a alegria de estar sendo escolhido nesse tempo para essa importante missão”, conta o Monsenhor Clésio.
“Foi de fato papa Francisco antes de morrer que nomeou o bispo de Uruguaiana, mas como era para ser publicado dia 23 de abril, não deu por causa do falecimento do papa, veio a ser agora e por isso ele foi confirmado por Leão 14, que, certamente, ajudou a preparar essa nomeação. Então dois papas, isso é inédito. Ele também é o primeiro padre brasileiro a ser nomeado pelo novo papa. Então, aqui temos também mais um fato curioso, no mínimo, né, e bonito para nós. Creio que vai fazer falta para Santa Maria, mas vai ser muito bom para província. E como a província faz parte do nosso trabalho, vai nos ajudar muito a levar adiante essa região para que cresça ainda mais na fé, na cultura e no desenvolvimento integral”, explica o arcebispo dom Leomar.
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De acordo com a Arquidiocese de Santa Maria, padre Clésio Facco nasceu no dia 19 de abril de 1971, em Nova Palma, filho de Josué Euclydes Facco e Clara Antônia Rosato (ambos falecidos). Realizou seus estudos fundamentais no distrito de Vila Cruz, Nova Palma. Em 1987, ingressou no Seminário Rainha dos Apóstolos, em Vale Vêneto, São João do Polésine, onde cursou o Ensino Médio e iniciou sua formação religiosa com os Padres e Irmãos Palotinos. Em 1991, passou a residir no Colégio Máximo Palotino em Santa Maria, onde realizou os estudos filosóficos e teológicos no instituto de Filosofia e Teologia da mesma cidade, hoje Faculdade Palotina (FAPAS). Ingressou no noviciado em 1993 na cidade de Cascavel (PR), e em 25 de março de 1994 professou sua primeira consagração na União do Apostolado Católico (Sociedade do Apostolado Católico).
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Sua consagração perpétua ocorreu no dia 17 de maio de 1997, no Seminário Rainha dos Apóstolos, em Vale Vêneto. Foi ordenado diácono em 8 de junho de 1997 por dom Ivo Lorscheiter, em Santa Maria, e presbítero em 14 de dezembro do mesmo ano, em Vila Cruz, por dom Ângelo Domingos Salvador.
Após sua ordenação, exerceu diversos serviços pastorais e formativos como Vigário paroquial da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Dourados (MS), em 1998; Professor, formador e reitor do Seminário Rainha dos Apóstolos, em Vale Vêneto, entre 1999 e 2001; Reitor do Postulado em Toledo (PR) entre 2002 e 2005; Vigário paroquial da Paróquia São Vicente Pallotti, em Roma, de 2005 a 2007, onde também frequentou o curso de Espiritualidade no Instituto de Espiritualidade da Pontificia Universidade Gregoriana.
De volta ao Brasil, foi pároco da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, em Fátima do Sul (MS), entre 2007 e 2010. Desde fevereiro de 2010, atua em Santa Maria (RS), onde exerceu as funções de Diretor da Gráfica Pallotti (2010-2013); Secretário Provincial (2010-2012); Diretor da Escola Vicente Pallotti (2011-2015);
Vigário paroquial da Paróquia Santo Antônio, em Santa Maria (2012); Ecônomo Provincial (2012-2016 e novamente a partir de janeiro de 2023); Reitor Provincial da Província Nossa Senhora Conquistadora (2016-2022) e Membro do Conselho de Presbíteros da Arquidiocese de Santa Maria.
Colaboração: Vitória Parise e Mateus Ferreira (Diário de Santa Maria)