“Antes de qualquer regra de trânsito, educação é fundamental para um fluxo humano e civilizado ” – essa foi uma das afirmações repassadas por profissionais de segurança à reportagem sobre tráfego entre motoristas, pedestres e ciclistas na Avenida Rondon.
Novamente o assunto está em pauta depois de um homem de 58 anos ser atropelado por um ciclista na faixa(ciclofaixa), na tarde de sábado (13). Os dois estavam no mesmo sentido, bairro/Centro. A vítima disse que um rapaz de bicicleta bateu no seu braço, ele se desequilibrou, e caiu no canteiro. Por alguns minutos ficou desorientado e foi auxiliado por moradores e populares. O Samu também foi acionado, mas não houve necessidade de atendimento. O ciclista não prestou socorro.
Devido a esse fato vários questionamentos sobre o tráfego no local foram citados. A Avenida foi uma das mais esperadas obras e uma das mais importantes da gestão Erasmo e Preta. Mas desde que foi entregue, nunca houve uma campanha de conscientização do espaço da ciclovia.
O debate sobre o tema, também aconteceu em março do ano passado, logo após o primeiro acidente em que um jovem de 17 anos foi atropelado enquanto caminhava e atravessou um dos retornos que dá acesso à rua Vicente de Carvalho. O agravante é que o motorista da camionete, também, não prestou socorro.
O principal problema identificado é que ao longo da Avenida e da ciclovia, a grande maioria fica no impasse: quem deve parar? O ciclista, pedestre ou motorista? Na ciclofaixa, os pedestres também são usuário em suas caminhadas o que resulta num congestionamento muito grande.
Segundo apuramos em cidades que contam com o espaço, a preferência é sempre do ciclista quando transita pela ciclofaixa e, os motoristas é quem devem parar. Quanto aos caminhantes e demais pessoas que utilizam a ciclofaixa, como skatistas, atletas entre outros, devem ficar atentos por que neste caso, não há faixa de segurança, portanto a preferência é do motorista.
Desde o início sempre foi dito que o espaço não foi criado para a finalidade em que está sendo utilizado. Para caminhantes, pedestres e atletas, o uso é inadequado. Há mais de um ano quando foi entregue a ciclofaixa e as vias asfaltadas, o fluxo é intenso,principalmente, pelo fato de que a Avenida é uma das artérias que liga a cidade a vários bairros e às principais industrias arrozeiras.
A ciclofaixa por se tratar de uma novidade, pois é a primeira, exige sim uma ação que oriente a população para a forma correta da sua utilização para evitar maiores transtornos e até mesmo acidentes graves. A faixa é para ser utilizada apenas por ciclista que devem usar nos dois sentidos. O correto seria ter uma pista para caminhadas, mas no momento as opções mais utilizadas são o Parque dos Patinhos e o Parque Doutor Lauro Dorneles. A pista de eventos também se tornou uma área bastante utilizada pelos atletas e caminhantes.