Comércio reabre a partir de segunda com regras diferenciadas para todos os segmentos

Após a divulgação de que o mapa da 46ª rodada do Distanciamento Controlado classificou todas as 21 regiões em risco altíssimo de contágio, com uma das maiores taxas de ocupação hospitalares e velocidade de propagação do coronavírus, o questionamento de muitos comerciantes, dos serviços não essenciais, foi em relação a abertura do comércio na próxima semana.

Embora tenha sido divulgado que o plano de cogestão retornou, muitos Municípios podem não adotá-lo, se assim entenderem. A reportagem falou com o Prefeito Márcio Amaral, na noite de ontem(19). Ele ressaltou que há pouco tinha conversado com o Presidente da AMFRO, prefeito Ronnie Mello. De acordo com Márcio, será enviado um novo plano de Cogestão ao Governador para que os Municípios da Fronteira passem a trabalhar na próxima semana. “O novo plano vai ser elaborado neste sábado, para que haja uma unanimidade. Mas, vamos trabalhar pelo sistema de Cogestão”- disse o Prefeito.

 

O que já está definido é que a retomada ocorre a partir de segunda-feira (22), porém com duas diferenças, as atividades econômicas não serão permitidas das 20h às 5h e aos fins de semana até o dia 4 de abril.

Essa decisão foi anunciada após o governador realizar uma reunião com representantes da Famurs (Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul).

O Estado foi classificado todo em bandeira preta pela quarta semana consecutiva, como forma de tentar reduzir o contágio da Covid-19 e as internações hospitalares.

Conforme o Decreto do Estado, na bandeira vermelha, restaurantes e similares poderão funcionar até as 18h, durante a semana, e mercados até as 22h. Já o comércio não essencial está autorizado a receber clientes presencialmente das 5h às 20h, somente de segunda a sexta.

A cogestão se propõe a dar a possibilidade para que as regiões ajustem alguma coisa dos protocolos a uma necessidade local. Não é algo automático: na bandeira preta, usa protocolos de bandeira. Os prefeitos de uma região podem decidir seguir, inclusive, totalmente a bandeira preta ou flexibilizar os itens em que a realidade econômica local se impõem. Podem escolher um caminho intermediário, assim comentou o Governador Eduardo Leite.

Atualizando: A matéria foi realizada antes da Justiça suspender o retorno do sistema de cogestão no RS.