A Comissão de Desenvolvimento de Passo Novo aciona, novamente, o Ministério Público contra a operadora Vivo. Quase três meses após a ligação da Estação Rádio Base da Vivo em Passo Novo, a Comissão de Desenvolvimento de Passo Novo, em conjunto com outras lideranças da comunidade, e da área urbana de Alegrete protocolou na tarde do dia 17 de setembro , nova queixa contra a Telefônica Brasil, controladora da Vivo.
Segundo o documento entregue aos cuidados da Promotora de Justiça Especializada de Alegrete, Dra. Júlia Flores Schutt, a Vivo não está cumprindo o TAC firmado com o MP em 10 de dezembro de 2014, que previa a instalação de sinal de voz e dados na comunidade, além de ampliação da capacidade da operadora em Alegrete.
Segundo Geson Paradzinski, responsável pelo envio do documento: “A Vivo instalou somente o sinal HSUPA (sinal 3G), não instalou o sinal GSM (sinal 2G). Com isso, clientes de menor poder aquisitivo, ou que então ainda tenham aparelhos mais simples, não conseguem utilizar os serviços da empresa. A Vivo está ciente dessa situação desde o dia 30 de junho de 2014, quando afirmou ao MP e a Justiça que havia cumprido seu acordo. Não concordamos com o serviço entregue, pois ele não atende uma parcela dos moradores de Passo Novo.
Não adianta fazer serviço pela metade. Enquanto alguns usam, e mesmo assim já com sérias dificuldades no acesso, outros não conseguem nem fazer uma chamada de voz”. Ainda segundo Paradzinski, “os problemas não se restringem somente a nós (Passo Novo), ocorrem também na zona urbana de Alegrete, onde o tráfego está congestionado de novo. A Vivo fez uma espécie de operação tapa-buraco. Pelo atual estado do serviço, praticamente inutilizável, asseverado pelo recorrente problema de acesso ao call center para registrar queixas, e também pelo crescente registro de reclamações sobre cobranças indevidas de serviços não contratados, bem como vários outros problemas como sumiço de créditos, não cumprimento de ofertas feitas, tudo leva a crer que estamos voltando a estaca zero. Não deixaremos isso acontecer. A CDPN enquanto defensora dos direitos coletivos de Passo Novo vai acionar o MP novamente, para que tome as providências que entender cabíveis” conclui. A Vereadora Cleni Paz da Silva apoia a reclamação e ainda acrescenta: “A Vivo tem a maior participação no mercado de dados e de telefonia móvel em Alegrete. Não é aceitável que preste um serviço deficiente pelo que cobra dos nossos cidadãos, tanto em Alegrete como em Passo Novo. Ou a operadora cumpre o que prometeu, ou pressionaremos a Justiça para que tome providências mais severas contra a empresa.”