
O parlamentar não foi alvo de busca e apreensão, mas seu chefe de gabinete na Câmara dos Deputados, Lino Rogério da Silva Furtado, é um dos investigados no caso.
A assessoria de Afonso Motta informou que o deputado estava no Rio Grande do Sul quando a operação foi iniciada e que ele retornou a Brasília para se pronunciar e obter mais informações sobre a investigação. Assim que desembarcou no Aeroporto Presidente Juscelino Kubitschek, em Brasília, Motta se dirigiu ao Congresso Nacional, onde se reuniu com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), para tratar do tema.
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A Operação EmendaFest investiga a suposta destinação irregular de verbas de emendas parlamentares ao Hospital Ana Nery. Segundo a Polícia Federal, Lino Furtado teria acordado o direcionamento de propina com Cliver André Fiegenbaum, diretor administrativo da Metroplan, órgão vinculado ao governo do Rio Grande do Sul, em troca da liberação de recursos ao hospital. A PF apura se outras emendas parlamentares também foram objeto do esquema investigado.
De acordo com as investigações, o valor da propina seria de 6% da verba enviada ao hospital. Entre 2023 e 2024, Afonso Motta destinou R$ 1 milhão à instituição, que repassou pelo menos R$ 509 mil a uma empresa ligada a Fiegenbaum. A Polícia Federal ainda analisa se outros parlamentares podem estar envolvidos.
O chefe de gabinete Lino Furtado não foi preso, pois não houve mandado de prisão expedido contra ele, mas segue sob investigação. O gabinete de Motta no Congresso também não foi alvo de buscas pela PF.
Nota oficial de Afonso Motta
O deputado federal Afonso Motta divulgou uma nota à imprensa sobre o caso:
“Diante das investigações que levaram ao afastamento do secretário parlamentar Lino Furtado, esclarecemos que a operação deflagrada pela Polícia Federal não faz qualquer referência que desabone o conjunto de emendas parlamentares por nós indicadas.
Reafirmo que não sou alvo da investigação, tampouco fui submetido a busca e apreensão. Confiamos na justiça e no devido esclarecimento dos fatos.
Seguiremos exercendo com responsabilidade o mandato parlamentar que nos foi confiado, garantindo a destinação de recursos aos municípios do Estado, defendendo nossas convicções e contribuindo para o fortalecimento do Parlamento e do País.”
A Polícia Federal segue com as investigações para determinar a extensão do possível esquema e eventuais novos envolvidos.
Foto: Facebook/Afonso Motta