
Prejudicado desde a semana passada por excessiva umidade do solo, o atraso do plantio do trigo no Estado deverá aumentar com as fortes chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul desde a última terça-feira, 17.
Ainda que tenha avançado de 12% para 37% da área prevista, entre os dias 12 e 18 de junho, conforme o Informativo Conjuntural da Emater/RS-Ascar, a semeadura na atual safra está dez pontos percentuais abaixo do registrado no mesmo período do ciclo anterior.
Enquanto aguardam que o tempo melhore e que se estabeleça a umidade adequada para dar andamento ao cultivo, os triticultores calculam a redução da janela preferencial para plantio do grão. Nas principais regiões produtoras do Estado, como Missões, Nordeste, Noroeste e Planalto Médio, a janela preferencial se estende pelo mês de junho, sendo considerada curta.
Acrescenta-se ainda outros fatores que “aumentam o risco da aposta num ano muito complicado”, como a baixa oferta de crédito com juros controlado, o alto custo do Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e a cobertura limitada e cara das apólices de seguro agrícola.

Na divulgação dos dados coletados entre 12 de maio e 9 de junho, a Emater projetou que o Estado terá 1,19 milhão de hectares semeados com a cultura, 9,98 % a menos que no ano passado, quando plantou 1,33 milhão de hectares.
Já, em Alegrete, segundo dados do engenheiro agrônomo, Tiago Pedroso, da Emater, a safra do trigo deve se manter igual ao ano passado. Com a plantação de 25 mil hectares e uma colheita com cerca de 2400kg por espaço delimitado.