Em Sessão Ordinária, Vereadores de Alegrete debatem o tratamento precoce para covid-19

A participação  dos vereadores  no período do Pequeno Expediente, na sessão ordinária da última segunda-feira (22), da Câmara, esteve voltada para a  situação que o município vive em função da pandemia.

A apresentação de um projeto na Casa dispondo sobre ao disponibilização de um kit para tratamento precoce da Covid-19 abriu o debate. Durante os pronunciamentos, os vereadores firmaram suas posições a respeito de um tema de palpitante atualidade.


O médico e vereador Glênio Bolsson/Progressistas, um dos autores do projeto sobre o tratamento precoce  foi claro ao afirmar que  ninguém está dizendo que vai matar o vírus, mas que há trabalho de pessoas sérias de que essas drogas são para melhorar a imunidade das pessoas. E que gostaria que  cada um colocasse a mão no peito para afirmar que  o tratamento precoce dá a possibilidade das pessoas aumentarem as suas defesas.

Afirmou o profissional médico Glênio Bolsson, que tem sido procurado por muitas pessoas que buscam alternativas para aumentarem as suas defesas enquanto a vacina não vem. Bolsson disse esperar uma discussão madura sobre o tema e que cada um vote com sua consciência.
Já o vereador Vagner Fan/MDB, coautor  da matéria, explicou  como será a sistemática de funcionamento em que o paciente, com a prescrição médica, vai na Farmácia Municipal para retirar o medicamento gratuitamente.

Que em Santa Maria esse tipo de procedimento já foi aprovado e, em Alegrete um grupo de médicos assinou manifesto intitulado Aliança pela Vida em apoio ao tratamento precoce. Na rede particular, o kit custa entre R$ 378,42  mas pode chegar a R$ 543, revelou o vereador.

 

Cléo Trindade/MDB, em sua abordagem do tema, disse da preocupação com  a medicação precoce. “O que está no ar é se a medicação precoce é ou não é eficaz”, ponderou Trindade.

Ele tem suas dúvidas, mas está sempre buscando as informações que possam ser esclarecedoras. Também não se pode afirmar que vai curar, mas sim de efeito preventivo, frizou.

Defendeu  o vereador que se tenha conhecimento do assunto para depois falar, mas que os vereadores votem por suas consciências. Arrematou que a prioridade hoje é a vacina.
“Quantas pessoas estão entubadas, estamos perdendo a guerra”, exclamou o vereador Bispo Ênio Bastos/Progressistas.  “Queira Deus que nossos colegas tenham a mesma visão sobre o tratamento preventivo.O momento é de colocar em pauta esse assunto”.
Do PDT, o vereador Eder Fioravante, defendeu ser necessário maior esclarecimento sobre o projeto. A comunidade precisa de mais explicações. Que foi informado pela Prefeitura de que  esse medicamento já está à disposição na rede pública desde que prescrito por um médico.

Fioravante quer explicações por que só agora essa medicação foi disponibilizada publicamente. O vereador líder do PDT deixou seu apoio para os colegas sobre o assunto, desde que o projeto seja embasado em uma segurança para a sociedade, observou.

 

Na mesma linha, a vereadora Dileusa Alves/PDT, também quer mais esclarecimentos acerca do tratamento precoce. O Kit não é novidade, que não existe tratamento para o vírus, mas que as pessoas  procurem conversar com seu médico de confiança, recomendou.
    O vereador João Monteiro/Progressista, também posicionou-se quanto ao tratamento precoce admitindo que  há uma série de dúvidas, mas que é preciso levar em consideração o  que  o
médico prescrever. Tratar uma ideia de Kit é bastante complicado,  e ainda considerando as normas que temos e as próprias orientações em nível federal e estadual. Pediu a atenção das pessoas nesse sentido e  quanto ao trabalho da  comissão que vai analisar o projeto, que possa  elucidar todas a as dúvidas e prestar o mais amplo esclarecimento.
O vereador Anilton Gonçalves de Oliveira/PT, em sua participação no debate,  arguiu que os vereadores  não vão deliberar se o tratamento precoce é ou não é positivo.

O que está em jogo não é sobre o malefício ou benefício, e sim  a competência da Câmara em discutir e aprovar ou não. E indagou: como os vereadores vão aprovar um projeto que implica despesas para o Município?
A verdade é que o tratamento precoce à covid-19  é assunto que está ganhado cada vez mais espaço  no debate  sobre o combate ao novo coronavírus. E as opiniões se dividem entre  os que defendem essa medida por ser a única forma de diminuir  os óbitos pela doença no país, enquanto outros opinam que não há comprovações científicas da eficácia de medicamentos contra a Covid-19.

A matéria após debate foi encaminhada para parecer da comissão de justiça e deve ser votada já na próxima segunda-feira (29).

Júlio Cesar Santos                        Fonte: Assessoria CMA/Alair Oliveira Almeida