Estudante de 21 anos, conquista nota mil na redação do Enem 2022 no RS

Maria Fernanda Simionato de Lemes, 21 anos, fez cursinho em Porto Alegre. Ela pretende cursar medicina em uma universidade federal, mas ainda aguarda as notas de cortes para fazer planos.

A estudante Maria Fernanda Simionato de Lemes, 21 anos, conquistou a tão sonhada nota mil na redação no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2022. Moradora do Rio Grande do Sul há seis anos, ela fez o Ensino Médio em Passo Fundo, no Norte do estado, e cursinho pré-vestibular em Porto Alegre.

“O que mais me ajudou foi a questão da leitura”, contou Maria Fernanda ao g1 enquanto passa férias na casa dos pais em Maravilha, cidade no estado de Santa Catarina, onde nasceu.

Os resultados estão disponíveis para consulta na Página do Participante.

Maria Fernanda conta que recebeu uma mensagem no grupo do cursinho que frequenta com a informação de que as notas já estavam disponíveis. Quando verificou, ela não acreditou.

“Eu não estava com expectativas de tirar uma nota boa, muito menos de tirar mil redação. Aí eu vi a nota e não pareceu muito real na hora”, relata.

Estudante Maria Fernanda recebeu nota mil da redação — Foto: Reprodução

Estudante Maria Fernanda recebeu nota mil da redação — Foto: Reprodução

Ela duvidava que seria possível atingir o resultado, mas entender que o esforço foi recompensado.

“Uma sensação muito grande que eu tinha era que tirar mil na redação era para pessoas muito específicas, para pessoas muito selecionadas, pessoas muito acima do nível e eu acho que tirar esse mil da redação me mostrou que não é uma coisa impossível”, diz.

Apesar de as notas de cortes ainda não terem sido divulgadas, ela está esperançosa de conseguir entrar no curso de medicina de uma universidade federal, mas ainda está cautelosa em fazer planos. Diz que vai aproveitar todas as oportunidades que surgirem.

“A gente está tentando focar na comemoração do mil, então, a gente não está assim como criando muita expectativa, porque a gente não sabe como vão ser as notas de corte esse ano. Está com expectativa, porque, afinal, fiquei com uma média boa para passar considerando as notas de corte dos outros anos, e do ano passado”, conta.

A escolha pelo curso teve influência do dindo.

“Ele me influenciou positivamente para fazer medicina”, comenta Maria Fernanda.

Dedicação

A estudante conta que a jornalista e escritora Eliane Brum é uma das referências. “Ajuda bastante ter exemplos de escrita, ajuda a formar a tua própria personalidade de escrita”, explica.

“Desde o ensino médio, que eu fiz em Passo Fundo, a gente já tinha uma preparação muito boa para redação e, depois, quando entrei no curso eu melhorei muito, mas eu considero que sempre tive uma facilidade grande para redação. Então, eu fui mais aprimorando, pegando detalhes pequenos, que sabia que eu podia melhorar bastante”, diz Maria Fernanda.

No total, foram quatro anos de cursinho se dedicando para entrar em uma faculdade federal de medicina. No ano passado, ela fez aula presencial em turno integral. “Ali no meio da pandemia deu uma baixada no rendimento, imagino que isso tenha acontecido com todo mundo, (…) então os estudos ficaram um pouco prejudicados, mas no último ano eu acho que eu conseguir resgatar isso”, lembra a estudante.

Sobre o texto, ela diz não lembrar os detalhes, e a vista pedagógica ainda não está disponível. O tema foi “Desafios para a valorização de comunidades e povos tradicionais no Brasil“.

“Eu acabei fazendo uma relação pouco mais voltada para os povos indígenas, porque a gente também está mais acostumado por fazer alguns temas como esse no cursinho”, afirma.

Por Juliana Lisboa, g1 RS

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