Gesto como do barbeiro Edson mostra o poder da empatia

Barbeiro realiza trabalho voluntário em Alegrete.

 

A ação beneficia pessoas em vulnerabilidade ou de baixa renda. Fazer o bem sem olhar a quem, esse é um ditado que existe há muitas décadas, porém, colocar em prática nem sempre é uma tarefa fácil. Em Alegrete, o PAT já fez inúmeras abordagens sobre pessoas que sabem o poder da empatia.

O barbeiro Edson Vasconcellos, é mais um alegretense que se destaca. Ele, de forma voluntária, realiza corte de cabelo de pessoas que são conhecidas por estarem na rua, na maioria das vezes pedindo dinheiro, alguns são dependentes de alguma substância ou até mesmo trabalhadores que o valor arrecadado diariamente é para o seu sustento, o que dificulta a realização de um simples corte de cabelo. Edson explica que, em tempos de individualismo e polarizações, a ideia é promover a humanização e a valorização das pessoas e da vida.

Edson, que é barbeiro há 10 anos, espera que a ação dê frutos mais amplos do que os inúmeros cortes de cabelos que já realizou. Um dos objetivos é inspirar outros a fazerem, também, alguma coisa. “É gratificante ver o sorriso de felicidade quando a mudança ocorre. As pessoas se valorizam mais, mesmo na condição de vulnerabilidade em que vivem, um corte de cabelo, um carinho e a atenção fazem muita diferença” – agregou.

O alegretense tem uma barbearia na rua Joaquim Nabuco – 23 – Centro. Na última semana participou de um dos maiores eventos de cabeleireiros e barbeiros do Sul do Brasil – Sul Beleza.

Ele conta que tudo começou depois que um morador de rua o procurou em sua barbearia, no Centro da cidade. “Ele não tinha dinheiro, estava mal vestido e, por esse motivo não estava a vontade para entrar no salão. Então, coloquei uma cadeira na calçada e cortei o cabelo dele. Depois fiquei imaginando quantas pessoas estavam na mesma situação”, revela.

 

Flaviane Antolini Favero