Golpistas exigem dinheiro para exames de urgência a pacientes da Santa Casa

A última quinta-feira (5), foi marcada por golpes de estelionato contras familiares de pessoas que estão hospitalizadas na UTI da Santa Casa de Caridade.

ligação golpe

No Plantão da Delegacia de Polícia foram registrados quatro casos, sendo que em um deles a vítima chegou a efetuar o depósito para os estelionatários.

Uma estudante de 41 anos que está com o pai hospitalizado há mais de uma semana recebeu uma ligação no final da manhã de quinta-feira.

Ela havia deixado três números registrados na portaria do hospital. Um homem que se intitulava como médico, da casa de saúde, disse que  seu pai teria de fazer um exame de urgência no valor de R$ 1.500.

Em desespero a mulher foi ao banco e sacou o dinheiro da conta do pai e efetuou o depósito. Ela retornou, imediatamente, até a Santa Casa com o comprovante. Procurou o profissional responsável pelo caso do aposentado, e ficou surpresa ao ouvir que ali não era cobrado nada e que ela tinha caído num golpe.

Em outro caso, uma senhora de 58 anos que está com o sogro internado recebeu uma ligação em que exigiam R$ 2.300 para um exame médico de emergência. Ela suspeitou do telefonema e foi até o hospital onde descobriu a tentativa de estelionato.

Ainda durante a tarde de quinta, uma mulher de 34 anos passou pela mesma situação. Na DP, ela disse que recebeu uma ligação com voz feminina, afirmando ser enfermeira chefe da Santa Casa. A exigência era que fosse depositado a quantia de R$ 1.500 para exames no pai da vítima, que está hospitalizado na UTI. O caso só não foi adiante porque ela estava falando com o médico e foi informada que se tratava de um golpe.

Para uma dona de casa de 45 anos que está com a mãe internada a ligação foi de uma mulher exigindo a quantia de R$ 1.500 para exames de ressonância e contraste. Ao buscar maiores informações direto na Santa Casa, foi alertada sobre a onda de golpes por telefones.

Em contato com a Santa Casa, a Assistente Social Tânia Zinelli, afirmou que esse não é um procedimento do hospital e que fica o alerta para familiares de pessoas que estão internadas em hipótese alguma façam depósitos. “Não é solicitado dinheiro para exames ou qualquer outro procedimento”- afirma.

” Estamos orientando as pessoas e pedindo para que façam registro. Diante da fragilidade muitos acabam caindo no golpe, pois imaginam ser verdadeira a solicitação e, muitas vezes não procuram o médico ou o setor responsável do hospital”- comenta Tânia.

A Polícia Civil está investigando os casos de posse dos números fornecidos pelas vítimas.