Governo não vai reduzir imposto para diminuir o preço dos combustíveis, diz Kátia Abreu

Ministra da Agricultura também afirmou que o governo não quer tabelamento de preço de frete

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A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, afirmou na tarde desta quarta-feira que o governo não pretende reduzir a Cide para diminuir o preço dos combustíveis, uma das reivindicações dos caminhoneiros que bloqueiam diversas estradas no país em uma série de protestos. Segundo ela, esse imposto é importante para o equilíbrio fiscal.

A fala da ministra ocorreu na saída de uma reunião com o Ministro dos Transportes, Antônio Carlos Rodrigues, o secretário-geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, empresários e trabalhadores do setor de transporte. Kátia afirmou ainda que o governo não quer tabelamento de preço de frete.

— Vivemos no livre mercado. O governo está bastante convicto da importância de manter a Cide e não flexibilizar a questão fiscal. O que é bom para o Brasil tem de ser bom para todos os brasileiros. Temos convicção de que todas as medidas econômicas que o governo tomou até agora estão corretas — argumentou.

Confira imagens dos bloqueios nesta quarta-feira:

Segundo a ministra, os caminhoneiros pedem a prorrogação do Finame e a sanção da lei dos caminhoneiros sem vetos, entre outras coisas.

Kátia Abreu argumentou ainda que houve um atraso no plantio da soja no Mato Grosso e, com isso, a colheita também ficou atrasada. Esse quadro deixou parte dos caminhoneiros sem trabalho e reduziu o preço do frete.

— Essa ausência de trabalho desespera qualquer pessoa — afirmou.

A ministra argumentou ainda que a logística brasileira está mudando e levando a demanda por transporte para outras partes.

— Os portos da região norte e de Itaqui estão invertendo a logística, como o esperado. Essa demanda que sobrou deve vir para o Sul porque acima do paralelo 16 está se produzindo a maior parte da soja do Brasil — observou.

A ministra ponderou ainda que os segmentos de frango e suínos são os que mais estão sofrendo com a greve por dificuldade de fornecimento de ração e pelos estoques encalhados.



Fonte: Estadão Conteúdo