“Eu quero viver! To vendo a luz do final do túnel enfraquecer cada vez mais, mas não tem o que eu não faça para buscar forças e continuar a luta. Tô suplicando por ajuda, já não sei mais a quem recorrer. Só não vou para Praça pública com mega fone gritar porque não consigo caminhar, Porém, não tenho vergonha de mais nada” – esse foi o início do relato da alegretense Mirian Medeiros que há anos luta por uma cirurgia e medicações que possam auxiliar no tratamento de saúde para que ela consiga ter uma sobrevida.
O grito de socorro de Mirian, está ainda mais ensurdecedor, mas segundo ela, não o suficiente para que ela seja atendida pela saúde e pelos órgãos competentes. A alegretense se emociona ao dizer que não quer ser mais uma na estatística, não resolve ter uma comoção depois de não ter mais nada a fazer.
Aos 52 anos, a situação a cada dia que passa é ainda pior. Quando finalmente ela estava conseguindo alguns resultados, no hospital de Canoas, referência para onde foi enviada, a Casa de Saúde entrou em colapso financeiro e chegou ao ponto de fechar. Atualmente não está atendendo casos como o da alegretense. Mirian solicitou uma contra referência, mas não foi atendida.
“Todo esse tempo que estou indo e vindo de Canoas, desde 2015, não deu em nada e ainda piorou minha situação. Com isso que aconteceu, voltei à estaca zero em Alegrete. A cada dia o problema de saúde tem um agravante. Agora a prioridade é o coração onde surgiu uma fibrilação e o medicamento é caríssimo. Já entramos com liminar para tentar pelo governo, porém, até o momento só recebi questionamentos do motivo do medicamento fornecido pelo SUS não produzir o mesmo efeito, mas essa resposta eu não tenho. Apenas sei que essa é uma das drogas indispensáveis para que eu ainda esteja aqui. Tenho que pedir doações, sempre tenho pessoas maravilhosas que ajudam. A diferença é que nem sempre consigo verba para comprar todos e isso é um grande problema” – comentou.
Mirian revelou que tem muito medo de dormir e isso só acontece quando já não consegue mais lutar contra o sono. Ela precisa ficar em 90ºC e a sensação pós sono é muito complicada pois acorda ainda mais cansada. Com muita dificuldade de caminhar conta com auxílio dos filhos para tudo, comer, tomar banho(os filhos são os encarregados porque não consegue sozinha), e todas as outras necessidades.
“Estamos tentando conseguir um andador para que eu possa me locomover sozinha dentro de casa, pelo menos pegar um copo de água. Sou uma bomba prestes a explodir e a as autoridades de saúde me veem, porém, não me enxergam. Acredito que o meu caso já poderia ter sido resolvido, mas estou abandonada junto aos órgãos que poderiam lutar por mim, assim como tenho feito incansavelmente nesses últimos anos. A 10ª CRS de Alegrete nada tem feito. Agora preciso fazer uma Ecodoppler vascular e Uruguaiana também fechou para esses atendimentos e, aqui, é um valor que não tenho disponível. Por esse motivo esse anticoagulante é vital para que eu possa viver.” – finalizou.
Atualizando: esse exame, Ecodoppler vascular, conforme Mirian, foi realizado através da doação de uma amiga. Ela conseguiu depois da entrevista com o PAT.
A luta de Mirian iniciou no ano de 2007 em Alegrete e no ano de 2015 foi para Canoas. Ela disse que já não tem médicos que não tenha frequentado, aqui. Todo o problema de saúde se deve a um distúrbio nos níveis de lipídios e/ou lipoproteínas no sangue chamado Dislipidemia, além da disfunção metabólica hormonal.
Essa anomalia no decorrer do tempo ocasionou outros problemas graves de saúde. A perda de peso também é uma das consequências mais sérias que a deixa limitada para outras ações.
Depois da postagem, Mirian também fez uma declaração de que a 10ª CRS de Alegrete, através da secretária Lizi Gabrieli, tomou as “rédeas” do seu caso. E após o feriado vai auxiliar para resolver o que está faltando, inclusive sobre os medicamentos (que Mirian não sabia,estava com o Cid errado).
Contato – 55 98122-7118 – WhatsApp – Mirian, para quem quiser auxiliar.
Flaviane Favero