Julgamento de motorista acusado de estuprar e matar adolescente em Catuípe é marcado para novembro

Motorista de transporte escolar acusado pelo crime está preso na penitenciária de Ijuí. Maria Eduarda Zambom tinha 15 anos quando foi morta.

Está marcado para 18 de novembro o Tribunal do Júri do motorista de transporte escolar acusado estuprar e matar a adolescente Maria Eduarda Zambom, de 15 anos, em Catuípe, no Noroeste do estado. O crime ocorreu em março do ano passado.

O réu, de 53 anos, foi denunciado pelo Ministério Público por estupro, homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Entre os agravantes estão o feminicídio por motivo torpe, emprego de asfixia, mediante dissimulação e por recurso que dificultou a defesa da vítima.

De acordo com o MP, Maria Eduarda foi estuprada em um matagal na zona rural de Catuípe. Depois, foi morta por asfixia mecânica devido a esganadura. Por fim, segundo a promotoria, “o corpo da vítima foi deixado pelo acusado no matagal (…), em meio à vegetação rasteira e de médio e grande porte, numa distância de 15 metros do acesso mais próximo, e em local desabitado, onde somente foi encontrado no dia seguinte”.

Relembre o caso

 

Maria Eduarda foi considerada desaparecida depois de embarcar no carro do acusado, que deveria buscá-la na manhã de 29 de março de 2019. No dia seguinte, o corpo da adolescente foi encontrado com sinais de asfixia.

O homem foi hospitalizado com ferimentos no pescoço e no peito, em Ijuí. Depois, ainda foi encaminhado para Porto Alegre.

Em 24 de abril, ele teve alta e foi preso, sendo levado à Penitenciária Modulada de Ijuí. Em depoimento, negou o crime e apresentou duas versões.

Na primeira, disse que um motociclista armado com uma pistola o perseguiu, cortou a frente do veículo e o obrigou a asfixiar a vítima. Depois, o suposto motociclista teria cortado, com uma faca, o pescoço dele. O delegado contestou a versão.

Após ser questionado pela polícia, ele mudou a versão, afirmando que Maria Eduarda morreu por overdose. Disse que a menina o forçou a entrar com ela no mato, para que ela consumisse drogas, ameaçando inventar fatos sobre ele, caso não obedecesse.

No entanto, o laudo da perícia apontou, além da morte por asfixia, que o réu manteve relações sexuais com a vítima sem consentimento.

Fonte: G1