
Com chegada do Junho Lilás, mês de consicientização sobre os exames fundamentais para o diagnóstico precoce de doenças em recém-nascidos, a Secretaria Estadual da Saúde (SES) divulgou dados sobre o cenário gaúcho.
Em 2024, 111.681 mil crianças nascidas no Rio Grande do Sul passaram pela Triagem Neonatal – Teste do Pezinho, sendo 83.342 (74,6% do total) pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e as demais na rede privada. Com relação aos atendimentos no SUS, a pasta afirma que 86 casos de agravos foram diagnósticados durante a triagem.
A triagem consiste na coleta de gotas de sangue do calcanhar do recém-nascido entre o terceiro e o quinto dia de vida da criança. O processo é realizado nas unidades da atenção primária do SUS em todos os 497 municípios do RS, sendo após enviadas para a análise no Serviço de Referência no Hospital Materno Infantil Presidente Vargas, em Porto Alegre.
Por meio do Teste do Pezinho, é possível a identificação da fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, doença falciforme, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita (HAC), deficiência de biotinidase e toxoplasmose congênita, possibilitando o início do tratamento, em até 15 dias.
Conforme explica a enfermeira da Divisão de Saúde da Criança da SES, Jeanice Cardoso, “se o diagnóstico for precoce e o tratamento feito em tempo hábil, pode-se evitar sequelas graves e óbito e caso o teste apresente resultado positivo para alguma das sete doenças, o SUS garante o tratamento e suporte necessários durante toda a vida da pessoa”.
No Brasil, a obrigatoriedade do Teste do Pezinho foi estabelecida em 2001, com a criação do Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN), sendo atualmente uma referência na área. Segundo Jeanice, a medida busca garantir melhor qualidade de vida para crianças com doenças raras.
– O Dia Nacional do Teste do Pezinho não é apenas uma data para promover a saúde infantil, mas também um lembrete da importância do investimento contínuo em programas de triagem neonatal. Ao garantir que todos os bebês sejam testados e tratados precocemente, o Brasil dá um passo significativo para assegurar um futuro mais saudável para suas crianças – conclui a enfermeira.
Fonte: SES RS