
Também à frente da Federação Brasileira das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac), o dirigente destacou como principal preocupação a queda no preço pago ao produtor, apontada na última reunião do Conselho Paritário Produtores/Indústrias de Leite (Conseleite).
Ele classificou o momento como um “sinal de amarelo para o vermelho” para o setor leiteiro.
“Estamos em um período em que não conseguimos suportar mais um inverno com preços ruins para o nosso produto. Esperamos uma estabilidade e uma reação nos próximos meses, com remuneração mais justa pelo litro de leite entregue à indústria”, declarou.
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O presidente da Gadolando alertou ainda para a redução da produção leiteira no Rio Grande do Sul, em comparação com outros estados. Outro ponto levantado foi o impacto das importações, principalmente de leite em pó, utilizado na fabricação de derivados como chocolates. “Não é apenas a importação direta, mas principalmente o uso de produtos lácteos importados pela indústria. Isso pressiona o mercado interno e contribui para a queda no preço pago ao produtor”, avaliou. Segundo Tang, o mercado gaúcho consome cerca de 40% do leite produzido no estado. “Temos defendido nas reuniões paritárias que a indústria busque novos mercados fora do Rio Grande do Sul, ampliando as possibilidades de escoamento e melhorando as margens para o produtor”, sugeriu.
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O dirigente também destacou que os produtores estão esperando uma remuneração melhor nesses meses de inverno para poder honrar compromissos financeiros. “Foram cinco anos de clima adverso, o que afetou diretamente a produção de alimentos para as vacas. Muitos produtores precisaram comprar insumos que antes produziam e, com isso, acabaram contraindo dívidas difíceis de pagar”, relatou.