Deputado federal parte para o quinto mandato seguido e promete manter o trabalho em defesa da agropecuária

– Tentaram me detonar, mas as urnas mostraram que não pegou. Essa votação é o reconhecimento do trabalho que venho fazendo pelo setor primário – disse ontem à noite, por telefone.
Heinze relembrava às críticas de que foi alvo nas redes sociais após a divulgação de um vídeo em que se referia a índios, quilombolas e homossexuais como “tudo que não presta”. As declarações foram feitas em uma audiência pública sobre a demarcação de terras indígenas realizada em novembro passado, em Vicente Dutra, no norte do Rio Grande do Sul, mas só foram postadas na internet em fevereiro deste ano.
Como presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, Heinze atuou fortemente para conter a demarcação de terras indígenas e quilombolas nos últimos anos e promete reforçar esta plataforma.
– Este é um problema sério não só no Estado, mas fora dele. Precisamos focar em terminar essa discussão – projeta.
A carreira política do engenheiro agrônomo de 64 anos foi alicerçada na defesa dos produtores rurais. Há 16 anos na Câmara, Heinze ficou conhecido pelo enfrentamento ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. Também defendeu a lei do seguro agrícola, o refinanciamento das dívidas, a liberação dos transgênicos e as mudanças no Código Florestal.
Esta é a terceira eleição consecutiva em que Heinze fica entre os mais votados. Em 2006, ele foi o segundo, com 205,7 mil votos e, na eleição passada, o terceiro, com 180,4 mil.
Fonte: Zero Hora