Morre Roberto Trennepohl, proprietário da Pizzaria Da Vinci

Na noite de ontem(9), morreu, aos 60 anos, o empresário e Médico Veterinário Roberto Trennepohl. Ele é proprietário de uma das mais conceituadas e pioneiras pizzaria da cidade, Pizzaria Da Vinci. Roberto foi acometido de um infarto fulminante.

Em conversa com os amigos, todos estavam muito abalados com a perda. Roberto era natural de Panambi e há cerca de 30 anos residia em Alegrete. Ele e a esposa, a odontóloga Marcia Trennepohl, investiram no ramo da gastronomia e, por mais de duas décadas(25 anos), são proprietários da Pizzaria Da Vinci, hoje localizada na Praça General Osório.

De acordo com alguns amigos, quando eles vieram para Alegrete, o primeiro motivo era em razão da família de Márcia ter propriedade rural e Roberto era médico veterinário. Mas, a paixão pela gastronomia sempre o fez uma grande referência no município e ele se dedicou com exclusividade à empresa.

“Roberto, para àqueles que não o conheciam, parecia um homem sério. Mas para o círculo de amizade que era muito grande, ele sempre demonstrou o quanto era generoso, um coração nobre, uma pessoa íntegra, sempre disposto a ajudar a todos e muito amigo dos amigos. Parceiro de vida e uma pessoa maravilhosa. Ele vai fazer muita falta, estamos todos com os corações dilacerados com essa perda” – relataram os amigos.

Outro fator em evidência, que foi destacado, era o comprometimento e o cuidado que ele sempre teve na empresa. “Roberto era muito atencioso e prezava o bom atendimento, o cuidado em servir sempre a melhor pizza, como os detalhes que sempre comentava em relação ao queijo, cerveja bem gelada, entre outras. Também era um gestor muito respeitado e querido pelos funcionários. Todos, sem distinção, o admiravam tanto que desde o momento em que ficaram sabendo de sua morte foram para a Capela e acompanharam os atos fúnebres até o final. O sentimento de dor e gratidão estava muito explícito” – falou um dos amigos.

O empresário e médico veterinário deixa esposa e dois filhos, Maurício e Ricardo. As últimas homenagens ocorreram na Funerária Angelus na rua Daltro Filho. Às 16h o corpo foi transladado para Pelotas onde será cremado. Nas redes sociais inúmeras demonstrações de carinho e homenagens.

Uma delas é da produtora rural Líone Manganeli: “a Banca do Gilson (do Sr das rúculas) amanheceu em #Luto nesta manhã por um amigo. Sabe aquele momento que chega uma notícia e que tu não acredita? Pois é, talvez nosso freguês mais antigo em nossa banca. Cliente sincero, pontual. Se não era o primeiro a chegar de manhã, com certeza era o segundo. Hoje montamos a banca como de costume e logo em seguida recebemos a triste notícia que nosso cliente e amigo #Roberto_Trennepohl, dono da #Pizzaria_Da_Vinci, veio a falecer. Estamos muito tristes com sua partida. Serás eternamente lembrado em nossos corações. Descanse em Paz!!”- descreveu.

o irmão Nelson “Puchi” Trennepohl, também, enviou uma homenagem a Roberto. Acompanhe!
É, é apenas um irmão!!!
Alguns pensam assim, outros que acham que pensam e falam , “é, dos parentes mais chegados é o último. Pode até ser, mas é aquele cara que sabe ao ver teus olhos que você está precisando dizer algo a ele ou outra pessoa. O irmão é tudo, ele é aquela cervejinha gelada, ele é teu companheiro de praia, ele é aquele camarão a milanesa ou com casca, ele é o cara que vai para casa mais cedo, por que o almoço é com ele. E que ninguém meta a mão. O irmão é um ouvinte de cada minuto da Rádio Gaúcha. Está sempre por dentro de tudo. E põe a prova, discute e se preciso tem soluções. As vontades dele, claro. Afinal, um pouco da origem genética a gente herda. O irmão é aquele cara que vai cedo na padaria e quando você vai tomar café, o pão quentinho já está na mesa. O irmão é um cara que gosta do que você gosta. As vezes sim, as vezes não. Você pode ter algumas divergências como as cores da camisa do time pelo qual você torce, pode discordar sobre o gostar ou não de certos alimentos. Você discorda do seu irmão quanto a marca da cerveja. Mas de água ele não entende nada, muito menos de refrigerante. De destilados, longe. Mas se você se atrever a discutir sobre cerveja… pode ensacar a tua viola. O homem é fera. Em conhecer, em tomar com vontade, com gosto. Ele tinha um paladar apropriado para essa tal de cerveja. Não sei como gostam disso.
Um fato ocorrido durante o velório de meu irmão, marcou muito, pois mostra que a pessoa pode deixar a sua marca, para ser lembrado por muito tempo. Um de seus amigos de Alegrete puxou-me para um canto e disse: “Vou te contar algo. “Eu irei homenagear o meu amigo com o primeiro gole, e direi: já tomei cerveja melhor. Em MELHOR companhia. Bem MELHOR gelada. E com MELHOR sabor”.
Um abraço fraterno nosso aos amigos da segunda-feira, aos clientes da Pizzaria Da Vinci, ao meu amigo e irmão Ricardo Sisson Maciel; aos amigos de sempre, que mais uma vez mostraram que tudo valeu a pena…Bertico, Hardy, Lonia e Odete, vez que eu abrir ou me servirem uma cervejinha, no Japão ou no Uruguai, em Alegrete ou em Stuttgart, e Jürgen, Rainer e Stefany . Ao Sr. Marcio Amaral, Prefeito Municipal do Alegrete.
E agora a uma pessoa em especial, a qual pela emoção que eu sentia, nem fui cumprimentar, apenas passei por ela. Quando ainda na 290 e perto de Alegrete, paramos num restaurante e uma moça veio em minha direção e nada falou apenas abriu a porta, me pareceu ter visto água nos olhos dela ou talvez uma assombração. Passou. Quando retornávamos a Panambi, o Bertico disse: “é, acho que a fama do teu irmão é boa mesmo por aqui. Aquela senhora do posto, quando tu entrou pela manhã disse para mim “conheço esse … é o Puchi, não é? Irmão do Seu Roberto que faleceu?” Sim, respondi! Ela começou a chorar.”
Muito obrigado pela sua demonstração de carinho e de amor. Não sei se o irmão ´é tudo ou se ele é nada. Sei que vai fazer falta. E muita.
Nelson “Puchi” Trennepohl

 

Flaviane Antolini Favero