Morre Vanessa Simas, ícone da luta pela doação de órgãos

Faleceu nesta quinta-feira (20), em Porto Alegre, a rosariense Vanessa Rodrigues Simas, que aguardava por um transplante de pulmão. Ela atuava ativamente defendendo a causa da doação de órgãos, sendo ela própria doadora. O falecimento precoce, aos 35 anos, entristeceu a comunidade de Rosário do Sul.

 

Vanessa estava na fila pelo transplante há pelo menos dois anos. Ela tinha bronquietasia, uma doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e outras restrições pulmonares, como ela própria relatou em entrevista para Gazeta em setembro de 2018. Com a doença, o pulmão esquerdo ficou totalmente inativo e o direito não conseguia funcionar sozinho. Por isso, ela necessitava de oxigênio constantemente.

A doença foi sequela de outro tratamento que ela havia feito. Dos 17 aos 22 anos, Vanessa tratou um linfoma com quimioterapia e radioterapia, até chegar ao transplante autólogo de medula óssea. O linfoma foi combatido e vencido, mas devido às radioterapias ela ficou com sequelas nos pulmões, e acabou chegando à fase aguda.

Vanessa era servidora pública lotada na Secretaria Municipal de Administração e licenciou-se da Prefeitura de Rosário para seguir seu tratamento na capital. Além disso, ela cursava Direito na Urcamp de São Gabriel.

A rosariense inclusive participou de campanhas publicitárias para divulgar a importância da doação de órgãos, estimulada pelo Hospital Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre. À época, ela contou à Gazeta que havia rompido sua timidez por uma boa causa. “A conscientização é a única maneira de familiarizar o tema, e assim fazer que as pessoas se manifestem favoráveis à doação”, relatou em reportagem publicada em setembro de 2018.

Por redes sociais, familiares, amigos e colegas expressaram a tristeza pela irreparável perda de Vanessa, que era descrita como uma pessoa alegre, com vontade de viver. Ela estava sendo tratada no Hospital Dom Vicente Scherer, do Complexo Hospitalar da Santa Casa. Conforme primeiras informações, o corpo será cremado.

Fonte: Gazeta de Rosário do Sul