Número de afetados pelas chuvas no Estado cai para 7,8 mil pessoas

Número de municípios atingidos se mantém em 163, com 135 deles com decreto de situação de emergência

Uruguaiana cheias
O número de pessoas fora de casa em função das chuvas do fim de junho e início de julho caiu quase pela metade, neste domingo, no Rio Grande do Sul. Conforme um relatório atualizado no fim da tarde pela Defesa Civil Estadual, 7.881 pessoas ainda não conseguiram retornar para os locais onde vivem. Pela manhã, o total ainda era de 14,4 mil. Ainda há 711 desabrigados (dependendo de abrigos públicos) e 7.170 desalojados, em casas de amigos e parentes.

O número de municípios atingidos se mantém, em 163, com 135 deles com decreto emitido de situação de emergência e dois de calamidade pública. A Fronteira Oeste é a região onde ainda há mais pessoas fora de casa: 7,2 mil, sendo seis mil só em Uruguaiana. Desde o início das enxurradas, três pessoas morreram, em Jacutinga, Arroio do Tigre e Barra do Ribeiro. Uma jovem, também em Arroio do Tigre, ainda é considerada desaparecida.

Durante o sábado, a Sala de Situação das Chuvas, instalada pelo governo estadual para acompanhar os municípios em situação de emergência e estado de calamidade pública, ficou de plantão, no Palácio Piratini, para contatar os prefeitos e orientá-los sobre o preenchimento do formulário do plano detalhado de resposta, que deve conter o levantamento das demandas para o restabelecimento dos serviços essenciais nas comunidades. A documentação deve ser entregue ao governo do Estado, impreterivelmente, até esta segunda-feira.

Laudos técnicos sobre plantações destruídas, número de pessoas atingidas e o registro fotográfico das áreas alagadas são fundamentais para que a verba federal seja liberada. Mesmo com o reconhecimento da União do decreto coletivo de emergência, é preciso comprovar a situação de cada cidade. Caso contrário, o governo federal retira o município da lista e também corta o repasse de ajuda emergencial.

Segundo o secretário estadual do Gabinete dos Prefeitos, Jorge Branco, o pedido atual à União é de R$ 19 milhões, mas o valor pode cair se os municípios não enviarem a documentação correta. A ideia é que os detalhamentos sejam enviados a Brasília na quarta.

Entre os municípios atingidos no Estado, 124 já tiveram situação de emergência ou estado de calamidade reconhecidos. O número, no entanto, ainda precisa ser atualizado. Até o momento R$ 1,5 milhão foi utilizado emergencialmente com kits de limpeza, dormitórios, lonas e pronto-atendimento dos afetados. Na semana passada, após reunião entre a presidenta Dilma Rousseff e o governador Tarso Genro, ficou garantido um mínimo de R$ 25 a R$ 30 milhões caso houver necessidade. 
Fonte: Correio do Povo