Osvaldo Euclides de Sousa Aranha (Alegrete, 15 de fevereiro de 1894 — Rio de Janeiro, 27 de janeiro de 1960) foi um político, diplomata e advogado brasileiro, que ganhou destaque nacional em 1930 sob o governo de Getúlio Vargas.
Ele é conhecido na política internacional por fazer lobby pela criação do Estado de Israel como chefe da delegação brasileira à ONU e presidente da Assembleia Geral da ONU em 1947. Como chefe da delegação brasileira, ele foi presidente da primeira sessão especial da Assembleia Geral das Nações Unidas em 1947. durante a votação da UNGA 181 sobre o plano de partição das Nações Unidas para a Palestina, no qual ele adiou a votação por três dias para garantir sua aprovação.[6][7] Por seus esforços na situação palestina, ele foi indicado para o Prêmio Nobel da Paz em 1948.
Filho de Luísa de Freitas Vale Aranha, por quem foi alfabetizado, e do coronel da Guarda Nacional e fazendeiro Euclides Egídio de Sousa Aranha (1864-1929), dono da estância Alto Uruguai, em Itaqui (interior do Rio Grande do Sul). Passou a infância em Alegrete, cidade que seu avô teria fundado.

Cursou no Rio de Janeiro o Colégio Militar e a Faculdade de Ciências Jurídicas e Sociais, atual Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Também estudou em Paris antes de advogar em seu estado natal e de ingressar na política.

Em 1923, quando explodiu a luta fratricida entre “chimangos” (aliados de Borges de Medeiros — presidente do estado) e “maragatos” (opositores à sua quinta reeleição), chegou a pegar em armas e lutou a favor do sistema republicano de Borges de Medeiros.

Em 1925 foi prefeito de Alegrete. Introduziu então muitas modernizações, como por exemplo a rede de esgotos da cidade. Com sua peculiar diplomacia conseguiu a paz entre as famílias separadas pelos conflitos políticos de 1923.

Dois anos mais tarde foi eleito deputado federal. Em 1928 tornou-se secretário do interior, onde dedicou grande esforço para obras educacionais.