
O caos na saúde. Nas últimas semanas é comum ouvir ou ver nas redes sociais muitas pessoas descontentes com os atendimentos na rede de saúde, isto inclui reclamações da Unidade de Pronto Atendimento(UPA) e Estratégias da Saúde da Família(ESFs).
Diante de toda a insatisfação foi promovida uma reunião entre os órgãos envolvidos, provocada pelo Presidente da UABA, Leandro Japur. A Secretária de Saúde Bianca Casarotto, Diretor da UPA, o médico Omar Abdallah e Tailise Ribeiro Lemos, da Administração da Santa Casa estiveram presentes.

O número que mais assombra é a superlotação na UPA. Na segunda-feira(15), foi um verdadeiro caos- com a capacidade para 150 pacientes- Os atendimentos praticamente dobraram, 299 pessoas, a maioria com a classificação verde e azul. Casos menos graves ou leves. “Nesta situação não tem como dar um atendimento de qualidade. Lógico que o paciente vai reclamar pela espera, pela superlotação, pela questão de ser ou não preferencial, porque é preciso existir a classificação, além de ter as emergências que chegam a todo instante, pessoas infartando, AVCs, traumas de acidentes, cortes, entre outros” – explicou Abdalla.
Algo que o paciente poderia resolver na ESF de sua referência, mas quando citada, a informação é de que há falta de fichas, médicos, e que não há consulta naquele dia. Diante deste quadro, vem uma constatação: o alto percentual de pacientes que agendam a consulta e não comparecem. Nas 17 ESFs em 18 dias o número acumulado de consultas agendadas foi 7.752 , destas 517 pessoas faltaram. Sendo que, o número mais expressivo de consultas agendas foi na ESF do bairro Vera Cruz, 816 pessoas e o recorde de faltas na ESF da Vila Nova 80 pessoas.
No CEMA, a situação não é muito diferente os dez médicos, especialistas ,tiveram neste período 1.706 agendamentos e 314 faltas. O recorde de 82 faltas foi para o médico cardiologista.
Estes números, segundo Japur, são um alerta para que haja uma conscientização maior da população e, talvez um outra dinâmica por parte da Secretaria de Saúde do Município, já que o número de faltas está prejudicando quem realmente precisa do atendimento e, por ter a consulta agendada, na maioria das vezes vai recorrer à UPA por saber que ao chegar lá, mesmo que tenha que esperar seis, oito horas, será atendida, medicada e sai com exames realizados. ” Nossa opção está voltada para as Estratégias da Saúde da Família, que será nosso carro chefe na questão saúde,” – falou.
Uma campanha nas redes sociais desenvolvida pela Secretaria de Saúde explica em que situação a pessoa deve procurar a UPA ou a ESF.

Por ser Estratégia da Saúde da Família, o atendimento vai passar sempre pelo médico, clínico geral e posteriormente a pessoa será encaminhada ao especialista, se houver a necessidade.
Veja abaixo o número de faltas em cada ESF.

Flaviane Antolini Favero