Preparador físico do Inter-SM é preso por suspeita de venda de anabolizantes

Edson de Oliveira, o Edinho, trabalhou no clube na Divisão de Acesso 2015. Ele já foi solto e responde em liberdade

preparador

Um dos homens preso na Operação Narciso, da Delegacia Especializada em Furtos, Roubos, Entorpecentes e Capturas (Defrec) de Santa Maria, que investiga a venda de anabolizantes em academias da cidade, trabalhou no Inter-SM na temporada 2015. Edson de Souza de Oliveira, conhecido como Edinho, 34 anos, foi supervisor e preparador físico do clube na Divisão de Acesso.

Edinho foi preso em flagrante na Rua José Manhago, no bairro Camobi, no sábado passado, e encaminhado para a Penitenciária Estadual de Santa Maria (Pesm).

Conforme o advogado de Edinho, Leandro Brutti da Silva, ele foi solto ainda no domingo e responderá em liberdade.

– O que foi apreendido com ele foi uma quantia ínfima. Preciso verificar o que eles têm de prova para depois poder me manifestar – disse Brutti.

Dois homens são presos por vender anabolizantes em academias de Santa Maria

O “Diário” tentou contato com Edinho ontem, mas o celular dele estava deligado. O presidente do Inter-SM, Heriberto Marquetto, garantiu que Edinho não faz mais parte do clube desde junho.

– Ele não tem mais ligação com o clube profissional desde junho. Não fui eu quem contratei ele. Mas, dentro do clube, nunca tivemos queixa nenhuma dele – comentou Marquetto.

Há duas semanas, Edinho realiza o trabalho de preparação de goleiros no time sub-19 do Inter-SM.

– Estou tentando achar ele para saber da situação. Fiquei sem reação. Ele está trabalhando com a gente como treinador de goleiro e auxilia nas inscrições – disse Cezar Saccol, vice-presidente do futebol amador do Inter-SM.

O outro homem investigado e que também foi preso em flagrante no último sábado é Cléber Giovani Correa Lopes, 32 anos. Ele também é ligado ao esporte e atua como fisiculturista. O advogado de Cléber, Edivaldo Júnior dos Santos, pediu a liberdade provisória do investigado, e a juíza aceitou ainda no domingo.

– A princípio, as alegações são infundadas – resumiu o advogado.

Os dois investigados serão indiciados por falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produtos destinados a fins terapêuticos ou medicinais, já que alguns não tinham registro da Vigilância Sanitária, além de os suspeitos não terem liberação para vender os produtos, pois eles eram de procedência ignorada.

A suspeita é de que alguns produtos eram adquiridos no Paraguai ou no Uruguai. A pena mínima para o crime é de 10 anos de prisão, e a máxima, de 15. Na operação, foram apreendidos 33 frascos, 20 ampolas e oito cartelas de anabolizantes, além de R$ 510 e um carro.

 

Fonte: DIÁRIO DE SANTA MARIA